Actores e companheiros de cena do actor Morais e Castro, que morreu ontem, sábado, no Instituto Português de Oncologia, em Lisboa, onde estava internado, lamentaram o desaparecimento do professor de "As Lições do Tonecas". Em 1968, com Irene Cruz, João Lourenço e Rui Mendes, fundou o Grupo 4, no Teatro Aberto, onde representou vários autores como Peter Weiss, Brecht, Peter Handke e Boris Vian. Irene Cruz classificou a morte do actor como uma "grande perda para o teatro", e lamentou o sofrimento que o acompanhou até a fim, enquanto Rui Mendes disse que o desaparecimento de Morais e Castro representa a perda de um "actor muito profissional", mas também um "cidadão muito consciente e muito empenhado tanto na vida como nas pessoas". O encenador e director do Teatro Aberto, João Lourenço, disse que perdeu um "grande amigo" e a actriz Manuela Maria, que o conheceu em 1959, destacou de Morais e Castro o "grande amor à vida". Também o PCP prestou homenagem a José Morais e Castro, de quem disse ter sido um "homem que lutou toda a vida e, por isso, como afirmou Bertolt Brecht, foi, é e será um dos 'imprescindíveis'", lê-se numa nota do Gabinete de Imprensa do PCP. O actor Morais e Castro, que em 2006 comemorou 50 anos de carreira, era casado com a actriz Linda Silva, e estreou-se no palco com o Grupo Cénico do Centro 25 da Mocidade Portuguesa quando ainda era estudante do liceu. A sua estreia a nível profissional ocorreu no Teatro do Gerifalto, dirigido por António Manuel Couto Viana, com a peça "A Ilha do Tesouro".
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