Manuela Moura Guedes esteve afastada dos ecrãs da TVI de 16 de Dezembro de 2005 a 9 de Maio de 2008. Afastamento imposto pelos espanhóis da Prisa, que assumiram o controlo da TVI em Novembro de 2005. O conflito entre a jornalista e a administração liderada por Manuel Polanco foi público e demorou quase três anos. Agora, com José Eduardo Moniz de saída, é bem possível que a história se repita e Manuela Moura Guedes seja de novo afastada dos ecrãs. É evidente que este cenário é recusado pela jornalista, que garante não só ficar como subdirectora de Informação como voltar no dia 4 de Setembro para apresentar o polémico "Jornal Nacional de 6". Um afastamento de Manuela Moura Guedes, em plena campanha eleitoral para as legislativas, seria sempre entendido como uma vitória de José Sócrates, que de uma forma inédita atacou o "Jornal Nacional de 6" e a sua linha editorial várias vezes, não só na entrevista à RTP1 como em pleno Parlamento. Um ódio de estimação que abrange igualmente José Eduardo Moniz, que sempre defendeu com unhas e dentes a linha editorial do noticiário da sua mulher. Aliás, quando a PT esteve prestes a comprar 30 por cento do capital da Media Capital, a própria Manuela Ferreira Leite, líder do PSD, veio a público afirmar que "seria uma vergonha o afastamento de José Eduardo Moniz". Mas há sectores na televisão de Queluz que não acreditam na saída de Manuela Moura Guedes dos ecrãs até às eleições de 27 de Setembro. Não só porque seria uma arma de arremesso da Oposição contra o Governo de José Sócrates, como acreditam que sem José Eduardo Moniz à frente da estação os conteúdos editoriais do "Jornal Nacional" serão menos polémicos e não abordarão temas sensíveis contra Sócrates, como o Freeport, um processo que está em banho-maria em termos de investigação, sem grandes novidades processuais até ao dia das eleições. Depois logo se verá.
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