quinta-feira, 6 de agosto de 2009

José Eduardo Moniz aceita projecto em que é querido

José Eduardo Moniz anunciou o abandono de Queluz para um projecto em que querem a sua presença. Mas deixa linhas orientadoras para o futuro da estação. Diz que será "um escândalo" tirar Manuela Moura Guedes do "Jornal Nacional". A saída de Moniz da TVI já era esperada. A sua substituição à frente do destino da TVI mostra que o agora ex-director-geral deixou uma máquina bem oleada e capaz de avançar por ela. Aliás, Moniz frisa que sai numa altura em que a TVI "é líder de audiências", não correndo, por isso, risco "em perder o protector que tem cuidado dela". Em Setembro a estação estreia novos programas, novos formatos, bastando que quem fique os saiba programar, porque "fazer programação não é alinhar programas". Os pelouros de Moniz serão distribuídos por Bernardo Bairrão e Luís Cunha Velho. João Maia Abreu e Manuela Moura Guedes mantêm-se como director e directora adjunta de Informação. "Não vejo razão nenhuma para que não fique", disse referindo-se à jornalista cujo desempenho tem sido alvo de críticas, principalmente por parte do Governo. Manuela Moura Guedes também confirmou que se manteria na estação e que iria retomar a condução do "Jornal Nacional" de sexta-feira a 4 de Setembro. "Seria um escândalo se assim não fosse. Não faz sentido que se pense eliminar um bloco informativo que é hoje em dia uma referência na TVI", disse. Depois de 11 anos à frente da TVI, Moniz contou no "Jornal Nacional" que lhe tinha sido feita outra proposta e que esta não envolve a condução de uma estação televisiva. "Fizeram-me sentir outra vez como uma pessoa querida", disse, não confirmando que a empresa seria a Ongoing Investments, de Nuno Vasconcellos, mas adiantando que na próxima semana revelará o seu futuro profissional. A indemnização que recebe da TVI, por uma rescisão por mútuo acordo, é da ordem dos três milhões de euros. As declarações de Moniz deixam transparecer algum mal-estar com a Media Capital: as empresas "são entidades complexas e exige-se que dentro delas haja inteira harmonia. E o seu director-geral tem que ser uma referência e um ponto de convergência e de unidade. Não pode em nenhuma circunstância transformar-se em pólo de divisão". Mais à frente explicou que foi tratado por um accionista "como há muito não sentia". "Como alguém que quer que ajude a fazer crescer o grupo".

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