Na senda do que já é tradição da RTPN, aliás, como frisou o director, José Alberto Lemos, eis que estreia mais um formato sobre livros. Mas "Conversa de Escritores" é diferente: pelo entrevistador, conceito, e protagonistas. O convite foi-lhe endereçado por Carlos Daniel, director-adjunto da RTPN, através do telefone. José Rodrigues dos Santos demorou 24 horas em assentir ao repto lançado. Afinal, foi a primeira vez que lhe perguntaram o que gostaria de fazer. De forma expedita gizou os contornos e atributos do projecto. O jornalista conta que as premissas estabelecidas foram desde logo que: "se tratasse de um programa pioneiro e original, contemplando autores da literatura universal, pouco acessíveis". E assim germinou "Conversas de Escritores", não fosse Rodrigues dos Santos um deles, e por sinal dos mais aclamados da actualidade. A estreia sucede já amanhã, pelas 23h30, na antena da RTPN e terá uma periodicidade semanal. Asseguradas estão 17 emissões com 30 minutos. O pivô da RTPN delineou uma espécie de rota que abarcasse "géneros de autores distintos". Como denominador comum a perpassar as entrevistas, cujo registo é distinto daquele com que é conotado, elegeu: "Falar acerca da obra, além da forma de ver a vida, o mundo e a literatura", a que se soma a pergunta transversal a todos, "O que é para si um bom romance?", na medida em que a partir da resposta "se define o autor". A inaugurar o leque de luxo de entrevistados está Ian McEwan, que de acordo com José Alberto Lemos, "ainda não venceu o Nobel, mas tal poderá acontecer a qualquer momento". Luís Sepúlveda, Sveva Casati Modignani, José Saramago, Ken Follett, Paulo Coelho, Günther Grass, ou Sousa Tavares integram também a lista. O jornalista tem andado em itinerância a propósito das entrevistas. Turim, Londres, Paris, Genebra, ou Milão foram algumas das cidades em que as mesmas tiveram lugar, embora parte se tenham realizado por terras lusas.
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