A Casa do Artista, em Lisboa, está de luto pela morte de Raul Solnado. A actriz Manuela Maria, da direcção da instituição, disse que "reina o silêncio" depois do desaparecimento do humorista. "Reina um grande silêncio na Casa do Artista que marca o luto que a Casa sente. Hoje é fim-de-semana, os directores não estão lá, só estão os residentes que estão demasiado tristes para dizer alguma coisa", disse a actriz, secretária da instituição, em declarações à agência Lusa. "O Raul esteve sempre ligado à Casa do Artista que vai continuar, foi ele que trouxe a ideia do Brasil, mas a casa tem de viver, sentindo sempre a sua falta", disse Manuela Maria. A actriz recordou que esteve em palco pela primeira vez com Raul Solnado na revista "Vinho Novo". A última foi já na década de 1960, no Teatro Villaret, na peça "Os Banqueiros Também Têm Alma". Alberto Villar também recordou à agência Solnado como o grande impulsionador da Casa do Artista e como um bom colega. "O Raul foi o primeiro cómico em Portugal a enfrentar o público apenas com uma cortina atrás, apesar da sua timidez", disse o actor numa referência aos "Monólogos da Guerra". O director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, Diogo Infante, salientou, por sua vez, as qualidades de Raul Solnado, recordando que em Maio passado se encontrou com ele no Porto. "Estava bem disposto e com grande sentido de humor, era uma lição de vida e de talento".
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