terça-feira, 22 de setembro de 2009

Gato Fedorento esmiúçaram Jerónimo de Sousa

Na sua vez de ser esmiuçado pelos Gato Fedorento, o líder comunista Jerónimo de Sousa respondeu a perguntas como "que idade tinha o seu pequeno-almoço hoje?" ou "não lhe fazia confusão ficar tanto tempo sentado?" quando, ainda operário metalúrgico, chegou à Assembleia da República. Depois do comício de ontem no Porto, o candidato da CDU às legislativas disse ao humorista Ricardo Araújo Pereira que recuperou de um pequeno-almoço pouco nutritivo e foi a casa dos netos para os "comer com beijos". Contou que, quando chegou à Assembleia, na Sala dos Passos Perdidos, "um velho contínuo" lhe entregou uns papéis dizendo "faz favor, senhor doutor". O que "era quase uma ofensa para um metalúrgico" tornou-se anedota, porque o velho contínuo respondeu "desculpe, senhor engenheiro". Questionado sobre que plano terá o PCP para "tirar o socialismo da gaveta em que Mário Soares o meteu", Jerónimo de Sousa ironizou: "Soares meteu-o na gaveta; Guterres fechou-a a sete chaves e Sócrates foge dele como o diabo da cruz". O secretário-geral do PCP demonstrou confiança ao falar do seu partido como um "partido forte e resistente há mais de 90 anos". "Havemos de chegar lá", acrescentou. "Nunca se cansa de ser comunista? Que se lixem os direitos dos trabalhadores, quero um telemóvel de terceira geração", foi mais uma provocação de Ricardo Araújo Pereira, à qual Jerónimo de Sousa respondeu contando outra história: "um homem de direita olhava para mim e dizia que eu era um caso perdido". Mais tarde, Ricardo perguntou a Jerónimo "em qual destas democracias preferia viver: Suécia, Noruega ou Coreia do Norte?". A resposta foi categórica: "Como sou um caso perdido, vou continuar a ficar em Portugal e a amar Portugal." Depois do programa de hoje, os eleitores ficaram a saber que Jerónimo de Sousa não acelerava se visse a dissidente do PCP Zita Seabra num sinal vermelho "nem que fosse a acompanhar a Dra. Manuel Ferreira Leite".

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