"Fúria Divina", o novo romance de José Rodrigues dos Santos, mistura ficção e realidade. Através de uma história de amor, de espionagem e de aventura, o livro expõe uma questão bem real do nosso tempo - a do radicalismo islâmico. A obra, a sétima do jornalista da RTP, foi ontem apresentada num centro comercial de Lisboa, por um dos primeiros operacionais da Al Qaeda, Abdullah Yusuf, e pelo general Leonel Carvalho. Na apresentação , o general Leonel Carvalho referiu-se a "Fúria Divina" como uma obra que trata "de um tema actual, perturbador e polémico. O livro constitui um alerta para os perigos latentes que nos ameaçam como é o caso do terrorismo global", disse. "Fúria Divina" é, de facto, uma ficção mas é também uma possibilidade", acrescentou. Por seu turno, Abdullah Yusuf, que por várias vezes se reuniu com Osama Bin Laden no Afeganistão e que foi autor de um atentado reivindicado pela Al Qaeda, acusou o "Ocidente e a Europa de seguirem o lema dividir para governar no Oriente, apoiando militarmente países desta região" consoante os interesses de ocasião. José Rodrigues dos Santos, por seu turno, referiu que em Portugal, e no Ocidente em geral, existe uma "enorme ignorância em relação ao Islão". O jornalista refere que a maioria das pessoas considera-a uma religião com um pacifismo parecido com o cristão e que os radicais islâmicos não passam de um bando de loucos. Mas os exames psicológicos que lhes foram feitos pela CIA e pela Mossad mostram que se tratam de pessoas perfeitamente normais". "Descobri que o Islão também é o que nos dizem, mas existe uma outra faceta que nunca nos é mostrada a nós, ocidentais. E é essa faceta desconhecida que "Fúria Divina" traz a público", afirmou.
Sem comentários:
Enviar um comentário