Uma homenagem a Raul Solnado, o "sr. Fritz"do genial "Zip Zip", transmitido pela RTP, em finais dos anos 60, irá preencher, hoje, segunda-feira, a programação da RTP Memória. Há programas que ficam para sempre gravados no imaginário de milhões de pessoas. O "Zip Zip", de Fialho Gouveia, Carlos Cruz e Raul Solnado faz parte dessa memória marcada pela criatividade, modernidade, sátira política. Pois bem: apesar da censura, o "Zip Zip" foi a tal nesga de liberdade sentida por milhões de telespectadores. O país parava às segundas feiras para admirar imagens e entrevistas únicas (Almada Negreiros, foi uma delas) os cafés enchiam-se, os cinemas fechavam. A homenagem a Raul Solnado, hoje, na RTP Memória, prevê a exibição do último programa do "Zip Zip", produzido em 1969, nos estúdios da RTP, no Monte da Virgem, Gaia, a par de testemunhos de artistas e gente ligada às artes do palco: António Reis, Júlio Pomar, Carmen Dolores, Herman José, Leonor Xavier, Nuno Artur Silva, Nicholson e Carlos Cruz. Júlio Gago, presidente do TEP, não tem dúvidas no papel interventivo do popular actor : "Foi muito mais do que um homem de Teatro. O "Zip Zip" foi a pedra no charco e o programa também ajudou ao derrube do salazarismo". Hoje, Raul Solnado faria 80 anos e durante 24 horas a RTP Memória presta-lhe homenagens. O "sr. Fritz" anda por aí. Não esqueçam: "Façam o favor de serem felizes".
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