Tiago Silva estava na primeira fila e ansioso por ver tudo. Internado há oito meses no Centro de Reabilitação de Alcoitão, arredores de Lisboa, o menino de 12 anos, sente já este espaço como uma segunda casa. E ontem foi dia de festa na segunda casa de Tiago. O "Natal dos Hospitais" ocupou o dia dos doentes e profissionais daquele hospital. A iniciativa conjunta do Diário de Notícias e da RTP esteve também presente no Porto, no Hospital de São João. Ao longo do dia, os mais de 60 artistas que pisaram o palco tiveram por missão animar aqueles que já há muito esperavam por este acontecimento. Entre os quais, Ricardo Cabral, de cinco anos, para quem a melhor parte da festa é aquela em que "os senhores cantam". Mas nem só de cantigas se fez o espectáculo. Também houve lugar para muitas gargalhas. Quando a hora do almoço já roubava elementos ao público, Fernando Mendes e José Carlos Malato fizeram muitos voltar à sala para gritar: "É o Malato, é o Malato!", entre risos. De facto, este foi um dos momentos em que toda gente se esqueceu que estava num hospital. E esta é a missão de iniciativas como o "Natal dos Hospitais" considera Isaura Marques, 61 anos. "Uma festa que sirva para aliviar e distrair os doentes dos seus problemas é sempre boa e é até uma terapia", garante. Porque o tempo é de festa, muitos convidados quiseram deixar a sua mensagem de Natal. Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, sublinhou a celebração da amizade e da solidariedade que deve pautar esta época. Atrás do palco, os convidados aguardam a sua vez pacientemente, aproveitando para por a conversa em dia. Entre os muitos comentários, claro que ontem não podiam faltar referências ao sismo que fez tremer o País.
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