Um dos realizadores da novela líder da TVI, Gonçalo Mourão, partilhou alguns segredos de "Deixa Que Te Leve". Atrás das câmara, ele é o homem que tenta passar para o público aquilo que tem em mente. No currículo, o nosso entrevistado tem já muitas novelas - entre as quais, "Morangos com Açúcar", "Doce Fugitiva", "Saber Amar"- e há algumas mais especiais do que outras. "Mas orgulho-me das aventuras que implicou a pressa, o tempo que tivemos para algumas cenas, e que resultou em coisas bem feitas", contou Gonçalo Mourão, um dos realizadores de uma das novelas mais vista desta temporada. Apesar do pouco tempo disponível, para lá das gravações, Gonçalo tenta ver a história que realiza. Mas, assistindo ou não, o maior cuidado passa mesmo pela edição. "O que está na minha cabeça tem que passar rigorosamente para o público. Depois, passa pela avaliação do coordenador, com quem converso", explica. Em "Deixa Que Te Leve", cujas gravações agora terminaram, Gonçalo Mourão dividia as responsabilidades não só com o coordenador António Borges Correia, como também com outros dois colegas. Nesta novela, Gonçalo Mourão teve que trabalhar com os actores, mas também com os cães que representavam o lobo ibérico. E se lidar com humanos já é complicado, orientar "actores" de quatro patas pode ser ainda mais. "É sempre difícil pelo tempo que temos, porque isto são novelas e corre tudo muito rápido. Mas, no fim, já é tudo tão mecânico que já sabíamos como lidar com os actores, os actores já sabiam como lidar com os animais e nós já tínhamos uma relação mais directa com os tratadores. É tudo feito a correr, mas acabámos por conseguir tirar o essencial da situação que é o olhar do lobo para a Luz (Mariana Monteiro), ela a ir embora, ele a correr", reconhece o realizador. Gravar em exteriores é imprevisível e Gonçalo teve que lidar com alguns contratempos, durante os trabalhos em Arcos de Valdevez. "Na cena da Luz no buraco, fizemos uma estrutura enorme no local para dar a ideia de que era um grande buraco. E colocou-se ainda um andaime para facilitar também o trabalho técnico e, no outro dia, quando chegámos lá, às oito da manhã, o andaime tinha desaparecido. Foi muito chato, porque tivemos que resolver na hora, sob chuva", lembra.
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