"O combate ao cinzentismo instalado no país" poderia ser uma medida governamental. Mas não. É antes o gancho do novo formato de humor da RTP1, "Viver é Fácil", que no fundo se trata de um cocktail de géneros, somando aos sketches o stand-up comedy. Imagine-se uma feira de variedades, com múltiplas barracas de diversão. Agora pense-se em apenas uma, plantada no meio de um descampado. Lá dentro está um homem que nada apregoa. Limita-se a ser o alvo das bolas que os transeuntes atiram com "fúria" para obter um boneco e não só. Para exorcizar o stress também. Ora esta constitui uma das cenas, gravadas ontem, do embrionário programa da estação pública, ainda sem data de estreia. Os protagonistas, Rui Unas e Jorge Mourato, que vestem Vasco e Cândido, respectivamente, prometem fazer rir o público. O perfil da primeira personagem aproxima-se do "Velho do Restelo": derrotista e profeta da desgraça. Já as características de que se reveste o da segunda são justamente a antítese: optimismo exacerbado. Após Cândido ter sido traído pela sua mulher com Vasco, decide erigir uma empresa, com o carrasco do seu casamento enquanto sócio, intitulada "Viver é Fácil" e a qual consiste na produção de DVDs de auto-ajuda. Para o efeito procede a uma prospecção de novos comediantes numa casa de fados (fictícia) dirigida por Manuel João Vieira, onde talentos como os de Luís Franco Bastos, ou Salvador Martinha apresentam performances de stand up comedy. Estes marretas, uma vez angariados, integram o elenco dos cursos filmados que mostram o quão bela pode ser a vida. Curiosamente, Malato faz uma participação especial nesta série de 13 capítulos.Fonte: JN
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