O fim do programa "As Escolhas de Marcelo", na RTP1, e os argumentos esgrimidos em público por José Azeredo Lopes e José Alberto Carvalho, director de Informação da RTP, também dividiram os membros do Conselho. Luís Gonçalves da Silva, em declarações ao Expresso, considerou que as palavras do presidente descredibilizam a instituição ao "violar regras de urbanidade" e recorrer "a linguagem imprópria do titular de um cargo público". Rui Assis Ferreira lamentou a "virulência escusada" e o "tom e a forma" desajustados para a relação entre regulador e regulado. Ao DN, Rui Assis Ferreira acrescentou que "apesar do apreço pessoal por José Alberto Carvalho, discordou da interpretação por ele retirada das orientações adoptadas pela ERC". As declarações ao semanário, publicadas a 23 de Janeiro, foram discutidas no Conselho Regulador de dia 27 e tanto Estrela Serrano como Elísio Oliveira fizeram uma declaração para a acta da reunião sobre a posição defendida pelo presidente da ERC. Nesses documentos, facultados pela ERC a pedido do DN, o vice-presidente exprime a sua "plena concordância com as posições públicas assumidas pelo presidente" e afirma "discordar que um membro do Conselho Regulador venha publicamente dizer que o presidente violou regras de urbanidade e utilizou linguagem imprópria de um cargo político". Essas declarações, registou Estrela Serrano, "não são novidade", mas "ficam a marcar um passo adiante no despeito, na perseguição, no rancor que votam ao presidente". E acrescenta: "Há quatro anos que os dois vogais prosseguem o único objectivo que parece nortear a sua acção na ERC: atacar o presidente, tentar destruir a sua imagem, ainda que para isso tenham que destruir a credibilidade da ERC."
Fonte: DN
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