"Vão 14 a 15 milhões pessoas ao cinema por ano, em Portugal, é estranho que não se criem mais espaços sobre a sétima arte em televisão". Mário Augusto, o autor da frase, vem agora preencher esse vazio através da RTP, empresa onde trabalha desde Janeiro. A frente mais visível dessa investida chama-se "Janela Indiscreta" - adoptou o título do famoso filme de Alfred Hitchcock, dos anos 50 - e promete não se ficar pelo anúncio das estreias, histórias de bastidores e entrevistas com protagonistas das grandes produções internacionais, muitas delas em exclusivo, como tem sido tónica dos seus últimos programas. "Estamos a trabalhar no conceito final, mas terá sempre conteúdo de cinema português", assinala Mário Augusto. Esse será o seu elemento diferenciador. A estreia na "Janela Indiscreta", sucedâneo de "35 mm" (programa da SIC Notícias) na sua carreira, não tem ainda data definida. "Deve começar antes do final do mês" na RTP1. Em breve, o jornalista começa também a gravar no Centro de Produção do Porto um outro formato para a RTP Internacional, e, esse sim, inteiramente dedicado à produção nacional: das obras mais antigas às recentes. Para a RTPN, está a preparar um programa - o terceiro para a estação pública - de linhas menos convencionais. Além de entrevistas em estúdio, análise crítica com Tiago Alves, que também o coordena, "Cinemax" terá rubricas inovadoras. Neste momento, o formato está em fase de afinação criativa. Ao jeito de projecto pluriplataforma, este material multiplicar-se-á por vários suportes: online, rádio e TV. Mário Augusto faz questão em insistir na ideia de que não é crítico de cinema. Prefere descrever-se como um entusiasta por tudo o que envolve a produção cinematográfica e alguém que usa um tom "friendly" (amistoso) com o objectivo de simplesmente "chegar às pessoas". O que é mais importante num filme? "Os melhores filmes são aqueles que vêm connosco para casa, ficam na nossa cabeça".
Fonte: JN
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