segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Nos bastidores do "Trio D'Ataque"

Já são quase cinco anos a falar de futebol. A bola faz parte, claro, mas está longe de ser o todo. A rotina nota-se nos pequenos pormenores e na tranquilidade com que se lida com a pressão do tempo e do directo. Já lá vão quase cinco anos de emissões semanais, o suficiente para que, à terça-feira, seja um clássico viajar sempre com o mesmo taxista e acabar a noite a falar de tudo menos de futebol. Os bastidores são o "Trio d'Ataque": o programa dura hora e meia mas está longe de terminar quando a luz vermelha se apaga. O "Trio" não se fica por golos, foras de jogo e polémicas na RTPN. Para começar, nem sequer é bem um trio. É um quarteto à frente das câmaras e mais uma dúzia de profissionais atrás, todos descontraídos apesar da noite da última terça-feira até ter dois clássicos seguidos. Faltam trinta e dois segundos para o "olá viva, boa noite", que se estende ao Mundo que fala português, e as imagens do golo de Cardozo estão prontas a ser usadas. É tempo para falar do dérbi de Lisboa. Do quarteto David Luiz, Liedson, João Pereira e Benquerença (fast forward), de castigos, dinheiros, comissões e túneis sem fim. Noventa Minutos. O moderador Hugo Gilberto dá os descontos que pode, António Pedro Vasconcelos não diz corta, Rui Moreira e Rui Oliveira e Costa continuam à conversa. Acaba o programa e a discussão - no bom sentido - não pára à mesa de jantar, mas Benfica, FC Porto e Sporting já não são o tema. "É a cimeira de Copenhaga, é o casamento gay, é Orçamento de Estado... a coisa varia", explica Rui Oliveira e Costa, de casaco verde, ainda satisfeito por não ter visto o Benfica ser campeão desde que chegou ao programa: "Por enquanto, este ano não está fácil". António Pedro é mais velho na casa e já fazia parte da equipa quando as águias celebraram o último título, em 2004/05. O momento até foi bom, mas não é o melhor do Trio: "Um jantar no Manel, um jantar no Aleixo, na Mariazinha, a lampreia do Gaveto". O melhor são mesmo os momentos de convívio", sintetiza o realizador, com que Rui Moreira, como bom portista, poucas vezes concorda enquanto as câmaras estão ligadas: "Apesar de, às vezes, nos picarmos um bocadinho durante o programa, somos quatro bons amigos. E é isso que conta realmente".
Fonte: JN

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