quinta-feira, 4 de março de 2010

"Mar de Paixão" já foi apresentada à imprensa

Coração sentimentos e coração órgão. A próxima novela da TVI pretende mexer com emoções fortes. Um homem que procura reencontrar no coração transplantado a pessoa que ama; tendo como pano de fundo a vida no mar, marcada por gente forte e futuro incerto. "Mar de Paixão" foi o nome escolhido para a próxima produção de Queluz, onde um coração transplantado vai ser o mote da história. Paula Lobo Antunes interpreta Benedita, uma pescadora que necessita de um transplante. O órgão vem de Carminho (Sara Salgado), noiva de Bernardo (José Carlos Pereira) e filha de Miguel (Rogério Samora). "Todas as personagens vão reagir com muita força a este coração", explicou a autora Patrícia Müller, da Casa da Criação, durante a apresentação da novela, ainda sem data de estreia, que se realizou ontem em Lisboa. "O Eduardo não consegue lidar com a dor e acaba por fazer uma projecção da noiva na Benedita. Assistimos a uma semi-loucura, mas não é uma esquizofrenia. Andamos ali entre o real e o desespero, entre a loucura e a infelicidade. Há momentos em que ele acredita, há outros em que se apercebe que não pode acreditar. É um personagem complexo", revelou José Carlos Pereira. Por seu lado, Rogério Samora adiantou que Miguel só "pretende afastar o Eduardo de Benedita para que ele não sofra", mas este será o terceiro vértice da relação. "O dilema é se o coração é só mesmo um órgão ou se carrega emoções também. Gosto de acreditar que tudo é possível", disse, Paula Lobo Antunes, descrevendo a sua relação com Eduardo como um "conflito". "Ela é pescadora, gosta de estar no mar. Mas por causa do coração fica condicionada, tem de ter certos cuidados e está num ambiente fora do dela. Isto tudo para ela é uma grande confusão e o Eduardo vai contribuir para isso". Já Miguel "é uma personagem muito especial. Vai haver uma grande ligação, um grande apelo", adiantou. A trama dá enfoque também à vida dos pescadores. Começando nos Açores, mudando-se depois para Setúbal. "É uma realidade muito nacional. Desde 2004 morreram 30 pescadores, é um assunto de que se fala e isso é manancial de ficção. E é uma realidade muito portuguesa, a pesca, os pescadores e os riscos do mar", acrescentou ainda a autora.
Fonte: JN

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