"Os cidadãos anónimos que se lixem. Faço jornalismo há mais de 30 anos e não é anónimo. Era só o que faltava, que os cidadãos viessem agora controlar a forma como os jornalistas fazem jornalismo". É assim que Miguel Sousa Tavares reage às três queixas de cidadãos comuns que entraram no regulador dos media, sobre a entrevista a Gonçalo Amaral, a 1 de Março, no programa "Sinais de Fogo" (SIC). O ex-inspector da PJ garantiu: "Nenhuma das queixas é minha, mas sei que naquela noite o site da SIC encheu-se de comentários sobre a forma como ele conduziu a entrevista". E acrescenta: "Miguel Sousa Sousa Tavares esteve ao seu nível. Ele é um fazedor de opiniões e deu as suas. É pena que tenha chamado alguém para uma entrevista. Mas eu de jornalismo não percebo nada." Comparando o estilo como foi orientada a sua entrevista com a do primeiro-ministro, Gonçalo Amaral é peremptório: "Toda a gente sabe que eles [José Sócrates e Sousa Tavares] são amigos. Portanto é normal. Ele não pode atacar um amigo. Mas ele não me atacou, o que fez foi dar a sua opinião." Além das queixas que entraram no regulador, são muitas as críticas na blogosfera que apontam o modo discriminatório do entrevistador. Sousa Tavares disse: "Podemos ser acusados por delitos de abuso de liberdade de imprensa, só faltava que a maneira de fazer jornalismo fosse alvo de queixas de cidadãos anónimos. Eu também me queixo: são cobardes".
Fonte: CM
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