São histórias em que o desporto está sempre presente, mas em que o relevante são as pessoas que as vivem e as contam. De 15 em 15 dias, nos canais da Sport TV há "Report TV". O programa já tem muitos adeptos e mais de uma dezena de prémios. E o prémio vai para... "Report TV". Pela 14ª vez as reportagens que passam nos canais da Sport TV são premiadas. A última menção honrosa foi atribuída no ano passado pela Dignitas à reportagem "Lutador Nato" e - em 2009 - a história do jovem recluso que durante cinco anos treinou e jogou na prisão, "Livre a Correr", ganhou a "Guirlande d'Honneur" do Festival Internacional de Milão. A assinatura destas vitórias, que se assemelham a troféus olímpicos, é do jornalista, da Sport TV, Jaime Cravo e da equipa que com ele trabalha há vários anos num projecto idealizado e criado por Luís Miguel Pereira. E para tanto prémio tem de haver uma explicação: "Se há razões para sermos premiados é porque as histórias estão bem contadas. Não tem a ver connosco, tem a ver com as histórias que nós apresentamos. São boas histórias. O nosso papel é só não estragar uma boa história", conta Jaime. Antes de ir para o terreno, o jornalista procede com rotina: telefona às pessoas, ouve as suas histórias. No regresso, enquanto vê as gravações, pensa na perspectiva que vai assumir. "Faço uma estrutura do programa, escolho a abordagem, crio um texto". Depois segue-se todo o trabalho de produção da reportagem. "O meu enfoque tem de ser sempre desportivo", explica, realçando que isso não o limita porque o que conta são "histórias pessoais que passam pelo desporto" e não o contrário. "Campo Minado", um dos trabalhos premiados partiu de uma intenção. "Eu ia com a ideia de fazer a reportagem sobre a pior equipa de futebol do país". Ao encontrar o Aljustrelense, a "agulha" mudou. "A queda do clube teve muito a ver com o fecho das minas de Aljustrel, com o desemprego". Isso deu-lhe novo enfoque. A história do Paulo Azevedo , o futebolista que não tem braços nem pernas, foi a história da tenacidade de um jovem de Pombal. "Acompanhei a história de vida dele, incluindo da sua vida desportiva, que é impressionante". Jaime gosta de centrar a mensagem numa ou duas pessoas, "senão perde-se". "Só consegues fazer uma coisa honesta tendo tempo com as pessoas, percebendo o contexto em que vivem, pondo-as à vontade", enfatiza. As reportagens seguem-se de 15 em 15 dias. E no futuro Jaime quer continuar a fazê-las. "Eu sei que gosto de contar histórias, de ir à procura de pessoas que tenham algo para dizer. Isso eu sei que quero continuar a fazer, porque gosto".
Fonte: JN
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