Escassos três meses depois de ter deixado a RTP1 e seis anos depois de ter abandonado a cadeira no "Jornal Nacional", Marcelo Rebelo de Sousa regressa já no domingo ao comentário político na TVI, com um contrato de dois anos. A contratação foi confirmada ontem pela estação da Media Capital, à margem da apresentação da próxima telenovela, "Espírito Indomável". O novo formato ainda não está delineado. A TVI não diz se o espaço de comentário fará parte da edição de domingo do "Jornal Nacional" ou se será um programa autónomo. "Gostávamos que o professor Marcelo ajudasse a definir [o formato]", limita-se a dizer João Cotrim de Figueiredo, director geral da estação, naquele que foi o seu primeiro acto público desde que assumiu funções. Por saber fica também o nome do pivô que acompanhará Marcelo Rebelo de Sousa. O nome do actual director de informação, Júlio Magalhães, que alternava com José Carlos Castro (também na direcção de informação da TVI) a condução do "Jornal Nacional" aos domingos, é uma possibilidade que ainda não foi posta de parte, mas à qual o próprio não dá resposta. Prefere dizer: "Estou muito contente com o esforço que a administração fez". O director de Informação, que manteve sempre o contacto com o comentador, nunca negou que gostava de ter Marcelo Rebelo de Sousa de novo na TVI. E que ele seria uma mais-valia para qualquer canal. Uma opinião partilhada com o director-geral. "Há pessoas que são riscos pequenos e esse é o caso do professor Marcelo", diz Cotrim de Figueiredo. "Vem ajudar à diversidade que queremos ter na grelha e tudo faremos para que este regresso à televisão seja ainda mais notável do que as experiências que ele já tem", adianta. Marcelo Rebelo de Sousa disse na segunda-feira, em entrevista a Miguel Sousa Tavares na SIC ("Sinais de Fogo") que tinha tido três propostas para regressar ao pequeno ecrã, mas que não divulgaria a escolha antes de falar com os responsáveis. A RTP esteve na corrida e renovou o convite há cerca de uma semana. O que o convenceu a voltar à TVI? Cotrim de Figueiredo remete a questão para o comentador e resume: "As condições de trabalho e de programa foram suficientes para agradar a ambas as partes." Os valores da contratação não foram revelados. "Nunca me ouvirão falar de investimentos de forma concreta." Rebelo de Sousa saiu da TVI em 2004, depois de um conturbado processo envolvendo acusações de pressões políticas por parte do então primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.
Fonte: DN
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