As muitas viagens que fez no último ano para Madrid, onde está a estudar representação, ajudaram Soraia Chaves a preparar a personagem que interpreta em "Voo Directo", série de 26 episódios que a RTP deverá estrear no final de Outubro ou início de Novembro. "Sim, é só uma hora de viagem, mas utilizei essa experiência", admite a actriz, que faz o papel de uma assistente de bordo. Até a viagem que fez para Luanda, onde esteve em gravações durante cerca de duas semanas, a ajudou. Foi lá, aliás, que a actriz comemorou o seu 28º aniversário, a 22 de Junho. "Cantaram-me os parabéns três vezes, o que nunca me tinha acontecido na vida", conta Soraia Chaves, numa pausa das gravações, mas ainda na pele de Patrícia, uma mulher de 35 anos que sempre usou da sedução para brincar com os homens e que agora começa a sentir necessidade de constituir família. "Nunca quis compromissos nem relacionamentos sérios, mas quando a acção arranca ela começa a questionar-se sobre essa opção, está com uma espécie de crise existencial", descreve a actriz, admitindo que, no futuro, também quererá ter a sua família. Por enquanto, quer estudar - faltam três anos do curso de representação - e aproveitar algumas oportunidades para trabalhar. "Voo Directo" representa o seu regresso à TV, depois de "A Vida Privada de Salazar" para a SIC, com a qual já não tem contrato. "A ligação pode continuar. Amanhã posso estar a gravar para a SIC", afirma para realçar o estatuto de actriz independente. "Voo Directo" é uma co-produção entre a RTP e a Televisão Pública de Angola (TPA) e pretende "ter um lado muito urbano e moderno", admite São José Ribeiro, directora adjunta de programas da RTP. "Ao nível do guarda-roupa tivemos como modelo O Sexo e a Cidade", diz. Daí a colaboração dos estilistas Pedro Pedro, que desenhou as fardas das assistentes de bordo, Ana Salazar e de algumas marcas de roupa. Porém, as semelhanças com a série norte-americana ficam por aqui. "Aqui não há muito sexo", garante Soraia Chaves. Mas há mais três assistentes de bordo. Maya Booth interpreta Marta, a mais rebelde. "É divertida, extrovertida, espontânea. Por vezes, pode parecer um pouco inconveniente", conta a actriz, satisfeita com este trabalho em que conheceu Micaela Reis, Miss Angola 2007, e Erica Chissapa, que trabalha como actriz em Luanda, as intérpretes de Yara e Weza.
Fonte: DN
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