Os jornalistas da RTP decidiram aderir à greve geral de 24 de novembro, em protesto "contra o corte nos salários" e "outras cláusulas de expressão pecuniária que o Governo pretende impor" para a empresa no Orçamento do Estado para 2011. Os cerca de 40 trabalhadores reunidos esta quarta-feira em plenário decidiram aderir à greve geral em "repúdio pela política de gestão da empresa, que tem contribuído para a degradação das condições de vida dos trabalhadores" e em "rejeição do corte nos salários" previsto no Orçamento do Estado para 2011, informa uma nota divulgada pelo Sindicato dos Jornalistas. Os trabalhadores da RTP decidiram também recomendar à direcção do Sindicato dos Jornalistas "que proponha aos restantes sindicatos representados na empresa a realização de um plenário conjunto para concertar uma ação comum relativamente ao dia da greve". É também pedida "uma inflexão na política de gestão da empresa", com o intuito de "conciliar a necessária estabilidade financeira da RTP" com os "legítimos interesses dos jornalistas e demais trabalhadores ao seu serviço", bem como "uma gestão de recursos humanos que corrija os desequilíbrios a nível remuneratório existentes" na empresa. "A administração, apesar de anunciar lucros operacionais, recusou negociar qualquer aumento aos trabalhadores e manteve uma atitude de total intransigência na tentativa de conciliação requerida pelo Sindicato dos Jornalistas ao Ministério do Trabalho", refere a resolução hoje aprovada em plenário. A "defesa intransigente" do serviço público da Rádio e Televisão de Portugal é também reclamada por jornalistas e trabalhadores da empresa. A agência Lusa contactou a administração da RTP, mas até ao momento não foi possível obter uma reacção.
Fonte: JN
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