"Equador" lidera séries de 2009
Há quem ainda trauteie a música do genérico de "Equador". Assistir ao domingo a mais um episódio da série baseada na obra de Miguel Sousa Tavares tornou-se um hábito para os portugueses durante 2009. "Equador" chegou a ser vista por mais de 1 600 milhão de pessoas e nunca os valores de audiências resvalaram, apesar dos episódios superarem a conta prevista inicialmente pela estação de Queluz. Fidelizou os espectadores. A sua média de audiência ao longo de 2009 foi de 1.340 milhão. Tornou-se a ficção nacional mais bem sucedida deste ano. No segundo posto surge "Camilo o Presidente", da SIC, com uma média de 834 mil; e em terceiro lugar está "Pai à Força", da RTP1, ao obter 801 mil, segundo dados de um estudo disponibilizado pela Marktest. "Ele é Ela", com 902 mil, é subtraída desta tabela por não ser um original português: baseia-se em "La Lola", produto argentino. Anunciada como a série mais cara da história da televisão nacional, alguma imprensa apontou-lhe mais de cinco milhões de euros de custos de produção, nunca devidamente comprovados pela estação que a pôs no ar, "Equador" contou com gravações em quatro continentes, de São Tomé e Príncipe, à Índia e ao Brasil, e reuniu um elenco que chegou aos 120 nomes, excluindo as participações fugazes, como foi o caso do próprio autor Miguel Sousa Tavares. Alguns actores admitiram que se debateram por um papel vistoso no drama servido com cenários naturais grandiosos, demasiado faustosos para o pequeno ecrã. Dalila Carmo foi uma dessas actrizes. André Cerqueira, actual director da Plural, foi o produtor executivo do ambicioso projecto. A adaptação do romance para televisão coube a Rui Vilhena. O mais recente trabalho de Camilo de Oliveira para a SIC também é um original português. Ao contrário da maior parte das comédias protagonizadas por este actor, que eram versões de formatos ingleses, a CBV, dirigida, entre outros, por Piet Hein Bakker, apostou num projecto de raiz, onde se parodia a vida de um autarca de Fanecas de Cima. O guião de "Camilo o Presidente" é assinado por autores com experiência no teatro: Lourenço Henriques e Filipe Avis. A medalha de bronze deste pódio para séries made in Portugal cabe a "Pai à Força", com Pepê Rapazote cabeça de cartaz, e cujo elenco conta com crianças e adolescentes. Dentro da linha da comédia familiar, este produto da SP Televisão para a RTP conseguiu registar uma performance superior à de "Conta-me Como Foi" e manter um nível de audiência sem grandes flutuações. Realizada por Jorge Marecos, o guião foi desenvolvido por vários autores: João Tordo, Eduarda Laia, Joana Andrade, João Pupo, Pedro Lopes e Simone Pereira. "Liberdade 21", também da RTP1, e apesar de elogiada pela crítica, não foi além da média de 485 mil espectadores.
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