segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Final de "Ídolos" com concorrentes que não querem ser ídolos

Os dois finalistas do famoso concurso da SIC, Diana Piedade e Filipe Pinto, passaram à frente de milhares de aspirantes ao título de "próximo ídolo de Portugal" mas, curiosamente, não aspiram a fazer carreira no mundo da música. Um facto invulgar num concurso que pretende descobrir novos valores da música portuguesa. Há menos de um mês, Diana e Filipe, os dois actuais finalistas do concurso, confessaram à Notícias TV (edição de 8 de Janeiro) que serem cantores profissionais não fazia parte dos seus projectos de vida. Na altura (quando estavam apurados seis finalistas), Diana Piedade afirmara: "vejo-me a fazer som. Não em cima do palco, mas lá atrás, a fazer música para artistas. Estou aqui apenas para me divertir", enquanto Filipe Pinto não queria sequer "pensar em continuar a cantar em público", afirmando na altura que "neste momento" a prioridade "é desfrutar o programa ao máximo". Curiosamente, Carlos Costa, eliminado no último programa, era o único candidato a afirmar à Notícias TV que queria realmente fazer carreira na música. O concurso dispõe de um júri que faz a avaliação dos milhares de candidatos que se apresentam nas audições, com poder para decidir quem segue em frente e quem fica para trás. No entanto, como segundo as regras do concurso a partir de determinada altura é o público que passa a decidir quem vence as eliminatórias, acabaram por chegar à final dois candidatos a ídolos que não o querem ser. Baseando as suas apreciações em critérios que vão desde a capacidade vocal, postura, aparência ou carisma para ser um ídolo, entre outras, o júri do concurso vai seleccionando os candidatos ao longo das eliminatórias e transmitindo ao público a ideia que está a seguir uma linha de análise que permitirá escolher "o próximo ídolo de Portugal". No entanto, a expectativa criada e a ambição do concurso não parece estar em harmonia com as escolhas do público nem com expectativas futuras dos finalistas.
Fonte: DN

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