Manuela Moura Guedes recusou responder a um conjunto de quinze perguntas que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) lhe enviou, a 18 de Setembro, no âmbito do processo de averiguações instaurado para apurar se houve ou não ingerência da administração da Media Capital na suspensão do "Jornal Nacional 6ª", alegando o risco de as suas declarações "poderem ser utilizadas pela TVI para fins disciplinares", destacando o carácter subjectivo das questões. Segundo explica em carta datada de 23 de Setembro, "uma vez que algumas das questões colocadas são de cariz essencialmente subjectivo", o conhecimento das suas respostas por parte da Administração da TVI "poderá não ser bem recebido". Face à recusa da ERC em manter em segredo as suas respostas, por via dos seus estatutos, a jornalista informou a autoridade dos media que se via obrigada a ficar em silêncio. No entanto, as primeiras nove perguntas são objectivas e tentam averiguar com exactidão algumas datas e responsáveis pela decisão. Já as últimas seis referem directamente a administração e, de entre estas, quatro têm um carácter mais subjectivo. No entanto, na audição na Comissão de Ética, na quarta-feira, Moura Guedes não fugiu a nenhuma das questões que lhe foram colocadas e revelou as suas conversas com Bernardo Bairrão, administrador delegado da Media Capital, no dia 2 de Setembro, quando pela primeira vez lhe foi dito que o seu jornal poderia não voltar.
Questões da ERC
Questões da ERC
Considera que a administração da Media Capital violou neste processo, por alguma forma, os seus direitos como jornalista? Se sim, porquê?
Considera, à luz dos factos por si conhecidos, que essa decisão provém, directamente, daquela administração ou, diferentemente, considera que foi tomada pelo grupo Prisa?
Considera que a administração da Media Capital violou, de alguma forma, as salvaguardas legais da direcção de informação da TVI? Se sim, porquê?
Que avaliação faz dos fundamentos invocados pela administração da Media Capital para cancelar o "Jornal Nacional 6ª"?
Considera, à luz dos factos por si conhecidos, que essa decisão provém, directamente, daquela administração ou, diferentemente, considera que foi tomada pelo grupo Prisa?
Considera que a administração da Media Capital violou, de alguma forma, as salvaguardas legais da direcção de informação da TVI? Se sim, porquê?
Que avaliação faz dos fundamentos invocados pela administração da Media Capital para cancelar o "Jornal Nacional 6ª"?
Fonte: DN
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