terça-feira, 9 de março de 2010

Moniz recusa ter apoiado afastamento de Moura Guedes

Moniz lembrou como, quando foi para a TVI, em 1998, Manuela Moura Guedes foi a única profissional que anuiu em acompanhá-lo, entre vários profissionais da RTP e TVI convidados. "Seria uma grande injustiça compactuar com o seu afastamento. Aquilo que sempre disse foi, rescindem o contrato comigo e fazem o que quiserem, foi o que sempre respondi". E subscreveu todos os conteúdos do "Jornal Nacional": "Ao alterarem a linha editorial do "Jornal Nacional" estavam a atacar a linha editorial da estação. Eu acompanhava de perto o trabalho, falava com os repórteres e cheguei a colaborar nos textos dos pivôs". Moniz acrescentou: "Tenho pena de não ter tido mais Manuelas Moura Guedes na TVI. Aí o problema não seria um, seriam muitos. Mas conseguíamos diferenciar-nos do resto da oferta. Os espectadores tinham por onde optar".O ex-director da TVI diz-se triste com Bernardo Bairrão: "Construímos a pulso a TVI, foi meu cúmplice. Verificar o abandono de valores que aqui se verifica causa-me tristeza". Moniz confirmou que há na TVI, documentos sobre o Freeport comprometedores do primeiro-ministro, nomeadamente a carta a Manuel Pedro referida pela PJ e já noticiada noutros jornais, bem como provas de pagamentos em pirâmide no âmbito do processo. Já Manuela Moura Guedes tinha referido este facto. E sobre o negócio da PT com a TVI afirma que se encontrou com o presidente da PT Zeinal Bava a 23 de Junho, num Hotel de Lisboa, onde este o informou da intenção de compra da TVI e onde lhe declarou a intenção de contar com o seu contributo: "Disse-lhe que lamentava mas que não contaria comigo porque decerto um acordo desses implicaria o meu afastamento dado o clima de tensão insuportável entre mim e a empresa".
Fonte: Público

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