"Portugueses Sem Fronteiras" é como se intitula o formato da autoria de Laurinda Alves e cuja estreia está para breve na antena da RTP1. Compõe-se de um pacote de 13 emissões com 25 minutos cada, protagonizadas pela nova geração de emigrantes lusos. Se o nome suscitar confusão, fica já o esclarecimento. Em nada se prende com o conteúdo "Portugueses Pelo Mundo", e muito menos com "Portugal Sem Fronteiras". Embora todos morem na grelha do canal do Estado tenham baptismos semelhantes, "Portugueses Sem Fronteiras" trata-se de um formato inédito carimbado pela jornalista Laurinda Alves e marcando assim o seu regresso às lides televisivas. A data de arranque, de "Portugueses Sem Fronteiras", cuja periodicidade será semanal e com honras de horário nobre, não foi, por enquanto, divulgada pela RTP1. "Esta série tem uma lógica oposta (e complementar) à de "Portugueses Pelo Mundo", que assenta no pressuposto de que há portugueses espalhados por todo o mundo", mostrando-o através do seus olhos, elucida Laurinda Alves para que não restem dúvidas. E concretiza: "Pretendo revelar quem são e o que fazem os novos portugueses no mundo. Ou seja uma é mais centrada nos países e cidades, e outra, nas conquistas profissionais e pessoais". A nível estrutural, cada episódio de "Portugueses Sem Fronteiras", produzido pela Garage, contempla três entrevistas, a outros tantos emigrantes de áreas profissionais e países distintos. "A ideia é revelar quem são e o que fazem estas novas gerações. Ao todo são cerca de 40 pessoas. Evitei ir pelas actividades mais previsíveis que são a banca e todas as profissões estritamente business, justamente para não mostrar mais do mesmo", explica. Laurinda deslocou-se aos países onde residem os portugueses que escolheu, sendo que optou por ficar fora do enquadramento. "Nunca apareço, apenas se ouve a minha voz a entrevistar. O meu critério foi dar-lhes todo o protagonismo", reforça, acrescentando que o propósito do programa passa também por "mostrar percursos, falar das frustrações e adversidades que atravessam fora do país", uma vez que "é importante fazer um retrato realista destas pessoas e não deixar no ar a ideia de que as suas vidas são ou foram mais fáceis do que as dos outros portugueses". No entender de Laurinda Alves, "temos uma inclinação natural para idolatrar os portugueses no estrangeiro e mitificar as suas conquistas. Nesta série fala-se do que é fácil e do que é difícil mas sempre com espírito construtivo", adiantando ainda: "Aquilo que é comum a todos é a extraordinária capacidade de trabalho, qualidade profissional invulgar e uma persistência notável". A primeira fornada de emissões trata apenas de portugueses que vivem e trabalham na Europa Central e em Nova Iorque. "Se houver outras séries iremos mais longe. Começar pela Europa foi uma opção natural, pois é um destino natural de emigração para os portugueses".
Fonte: JN
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