quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Livro de António Feio já está à venda

"A mensagem principal que quero deixar às pessoas é que se há um problema é preciso resolvê-lo da melhor maneira, há que não ficar quieto, há que tentar de tudo primeiro, nunca desistir", recomenda. As palavras constam numa entrevista concedida quinze dias antes do actor morrer, a 29 de Julho, como 55 anos, e citada na introdução do livro redigido por Maria João Costa, editora da Livros d'Hoje, depois de um desafio que a própria lançou ao actor em finais de 2009 para que fizesse um livro para aquela chancela do grupo LeYa. Dedicado aos quatro filhos, ao neto, a Sandra Faria e Paulo Dias (da UAU, produtora com quem trabalhava nos últimos anos), às duas ex mulheres, a outros familiares e vários amigos próximos como José Pedro Gomes, Miguel Guilherme, Jorge Mourato, entre outros, António Feio confessa que entre as coisas boas que a doença lhe trouxe foi a possibilidade de rebobinar a sua vida. Apesar das limitações físicas que a doença lhe impôs, do medo de sofrer e, sobretudo, de fazer sofrer os que lhe eram queridos, o actor confessa que a doença fê-lo sentir-se "mais feliz do que era antes". Sonhos de infância, como ser músico, ter uma moto, um estúdio fotográfico e um Porshe, sonhos de adulto (ter filhos, ser avô, fazer espectáculos de sucesso, manter a chama viva, ser um herói, a notícia da doença e a reacção a esta) são temas abordados na obra, já redigida após a morte do actor. Uma "carta de despedida" para a família e alguns amigos - "Pelo sim, pelo não" - escrita pelo actor em Maio e encontrada recentemente pelos filhos no computador do pai, textos escritos e assinados por António Feio, um Mini-Mini Diário do António, também do próprio, constam também do livro. Tal como posfácios do cirurgião e da responsável da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz - onde o actor morreu - , um texto da filha mais velha do actor, Bárbara, e poemas de Catarina (a segunda mais velha) incluindo um que o pai não chegou a ler, "Dá-me Guitarra", escrito a 24 de Julho e que a cantora diz estar a ser musicado para integrar o primeiro registo discográfico, fazem também parte de "Aproveitem a Vida". Textos dedicatória de José Pedro Gomes, Jorge Mourato e Sandra Faria, directora geral da UAU que acompanhou o processo de doença e o actor desde o início do diagnóstico, nos quais recordam a alegria de António e a falta que lhes faz, integram também "Aproveitem a Vida". Uma obra que, em declarações à agência Lusa, Maria João Costa classificou como um livro de auto-ajuda e uma mensagem de vida, escrito pela própria num "registo o mais informal possível e o mais próximo possível do discurso do António", cujo lançamento deverá ocorrer dentro de quinze dias.
Fonte: DN

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