Dez é o número de megaproduções que estreiam no espaço de pouco mais de um ano na televisão. Dez pelo menos, porque há novas negociações, ainda no segredo dos deuses. A indústria de filmes com patrocínio do pequeno ecrã e de telefilmes e minisséries feitos ao estilo cinematográfico são a nova coqueluche das estações televisivas. E o mercado está a mudar...
Com orçamentos que rondam os 2 milhões de euros, os projectos de nomes sonantes do cinema nacional - como Tino Navarro, Joaquim Leitão, Alexandre Valente, Leonel Vieira ou António Pedro Vasconcelos - estão na moda, e RTP, SIC e TVI lutam para ver quem ganha o próximo filme português a ter maior êxito de bilheteiras.
Mas o apoio das estações televisivas ao cinema nacional nãp é de hoje. Começou em 1995 com "Adão e Eva", da dupla imparável Joaquim Leitão e Tino Navarro, o primeiro filme a contar c o apoio da SIC na sua produção e promoção e a virar telefilme depois. Estava lançado um novo mercado... Seguiu-se "Inferno", quatro anos depois, de novo pelas mãos de Joaquim Leitão e Tino Navarro, com apoio SIC.
Foi no ano de 1999 que se deu o grande boom, com a SIC a assinar uma parceria com o ICAM nascendo assim a SIC Filmes: o cinema ganhava público, e o canal promovia os novos talentos da estação. "Amo-te Teresa" foi a primeira produção da então nova SIC Filmes, mas seguiram-se muitos outros telefilmes, com arguentos de caras televisivas como Herman José e Rodrigo Guedes de Carvalho. Depois de um período de luto e de falta de investimento, em 2005, "O Crime do Padre Amaro" recuperou a fórmula. Megasucesso no cinema, exclusivo SIC, o filme transformado em misissérie na TV serviu como veículo para promover a estação e actores. Agora a fórmula está aí e para ficar.
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