sábado, 18 de julho de 2009

Outro "Equador" seria difícil

Custos elevados levam a que nova série com estas características só deva ser feita em parceria. A TVI exibe amanhã o último episódio de "Equador". A série de época, inspirada no romance de Miguel Sousa Tavares, alcançou bons resultados e a estação pode voltar a investir neste tipo de formato, mas em co-produção com outros países. Quando estreou, em Dezembro, muito se tinha falado já sobre "Equador". A adaptação do livro homónimo ia tornar-se na produção televisiva mais cara de sempre, seria gravada em três países e tinha um elenco composto por mais de 100 pessoas. André Cerqueira, director-geral da Plural e um dos produtores da série, revelou que se cada episódio tivesse custado os 220 mil euros, noticiados pela imprensa, teria sido muito barato, mas defendeu que mesmo com a crise económica e financeira, que se vive à escala global, continua a ser importante tentar fazer sempre séries deste nível. Se não houver possibilidade de um canal avançar sozinho para um investimento desta ordem, a solução passa, na sua opinião, por encontrar bons parceiros. Para um trabalho ao nível de "Equador" seria necessário que três canais de televisão repartissem os custos, prosseguiu o responsável. Questionado se com isso se referia a um canal português (TVI), um espanhol e um sul-americano (os países onde a Plural Entertainment está instalada), André Cerqueira confirmou ser uma hipótese. Com uma média de 1 milhão e 342 mil espectadores por episódio, o director-geral da produtora da Média Capital (também dona da TVI) atribuiu os bons resultados da série ao êxito do livro e ao seu autor. O elenco encabeçado por Maria João Bastos, Filipe Duarte e Marco d'Almeida, contou com algumas participações especiais em pequenos papéis como o próprio autor, Miguel Sousa Tavares, o administrador-delegado da Média Capital, Bernardo Bairrão e o então director de Comunicação, António Monteiro Coelho. O próprio director-geral da TVI, José Eduardo Moniz, chegou a estar anunciado, mas acabou por não participar por motivos de trabalho. A disponibilidade destes responsáveis para participarem no projecto é revelador da forma como mobilizou toda a estação.

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