Constança Cunha e Sá entre os nomes em cima da mesa para nova direcção da TVI. A decisão da reguladora a respeito do cancelamento do "Jornal Nacional 6ª" só será tomada a seguir às eleições legislativas. Na TVI, alguns jornalistas tentam unir a redacção em prol da credibilidade do seu trabalho. Segundo o presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), "em termos práticos, não será possível chegar à uma deliberação em duas semanas". Azeredo Lopes ressalva que não se trata, porém, de uma decisão condicionada pelas Eleições. "Tem a ver com os passos próprios do processo". Um dia depois do afastamento de Manuela Moura Guedes da antena, a ERC fez chegar à administração da TVI e aos restantes envolvidos um pedido de esclarecimento. E só depois de uma primeira explicação, se procederá às audiências. Em comunicado, na semana passada, a ERC mostrou-se disposta a apurar, "com carácter de urgência" o que determinou a suspensão daquele noticiário "em pleno período eleitoral", como referiu. Na TVI, aguarda-se com impaciência a nomeação de uma nova equipa directiva. Bernardo Bairrão, administrador delegado e director-geral da TVI, esteve ontem na redacção e chegou a conversar com vários jornalistas. Constança Cunha e Sá, editora de Política, Henrique Garcia e Júlio Magalhães são nomes que têm estado em cima da mesa dos gestores. Se a solução for interna, há quem acredite que alguns membros da anterior direcção sejam reconduzidos, como Mário Moura. Numa opção externa, a preferência parece recair em Sérgio Figueiredo, por causa das ligações anteriores com o grupo: foi director do Diário Económico, quando este pertencia à Media Capital. Entretanto, deixou o jornalismo de parte, para assegurar o cargo de presidente da Fundação EDP. Durante o fim de semana, a facção crítica a Manuela Moura Guedes deu de si, apontando duras críticas à subdirectora cessante. Pedro Pinto, um dos pivôs principais, lamenta a divisão interna. "É altura das pessoas não pensarem em ajustes de contas", refere. "Sempre tivemos o compromisso da verdade e da independência e acima de tudo temos nos manter unidos, para não dar trunfos aos adversários".
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