O antigo presidente da Media Capital, Miguel Paes do Amaral, disse hoje à Lusa que caso tivesse continuado na empresa o "Jornal Nacional 6ª" "nunca teria existido". "Este jornal nunca teria existido", respondeu o dono do grupo editorial Leya, interrogado pela Lusa se teria tomado uma posição idêntica à do grupo Prisa, actual proprietário da TVI, que na quinta-feira cancelou o jornal de sexta apresentado por Manuela Moura Guedes. Para Paes do Amaral, a suspensão do telejornal deve ser analisada de duas formas: quanto à forma e quanto ao conteúdo. "Quanto à forma - timing e forma como a decisão foi tomada e comunicada - não foi boa. O timing, obviamente, é muito mau. E a forma como foi comunicado também não foi boa. Quem deveria ter comunicado a decisão deveria ter sido o director de informação, e se ele não o quisesse comunicar devia ter sido previamente substituído", afirmou. Enquanto considera que "há claramente um problema de forma", Paes do Amaral diz que o quanto ao conteúdo, o procedimento "está perfeito". "Não entendo como é que só agora é que esta decisão foi tomada. Penso que aquele jornal excedia tudo o que era possível em termos de limites do aceitável e que muita gente estava à espera que isto acontecesse mais cedo do que mais tarde", disse. Miguel Paes do Amaral considera que "aquele jornal não se enquadra naquilo que a Prisa faz, do ponto de vista de informação, séria e credível, e também não se enquadra sequer naquilo que já era hoje em dia o perfil de informação da TVI". "Claramente aquilo era uma situação anómala e inconcebível", acrescentou.
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