"Acho altamente estranho que a Entidade Reguladora para a Comunicação (ERC) não me tenha convocado para me ouvir", diz Manuela Moura Guedes, acrescentando: "Claro que quero ser ouvida pela ERC e dar o meu contributo para que todo este processo se resolva". Azeredo Lopes, presidente do regulador, não comenta as afirmações da jornalista. Manuela Moura Guedes não entende por que a ERC não a convocou para uma audiência em que possa expor a sua versão sobre a suspensão do seu "Jornal Nacional 6ª", na TVI. Na última sexta-feira, o regulador pediu explicações por escrito à administração liderada por Bernardo Bairrão e à direcção de Informação de João Maia Abreu. Agora, têm 10 dias úteis – ou seja, até ao próximo dia 17 – para explicar o sucedido. Bernardo Bairrão, administrador-delegado da Media Capital (dona da TVI), dará uma versão oficial da empresa. Por seu turno, João Maia Abreu, director de Informação da estação, terá oportunidade de explicar como tudo se terá passado desde quarta-feira à noite, quando foi informado da decisão dos seus superiores. A ERC, que sucedeu naturalmente à extinta Alta Autoridade para a Comunicação Social, foi criada em Novembro de 2005. Apenas foram feitas audições em dois casos. Um sobre o tratamento dos incêndios florestais por parte da RTP, em que foi ouvido o crítico Eduardo Cintra Torres. Outro, o denominado caso Sócrates, que levou às instalações do regulador nomes como José Eduardo Moniz (TVI), Ricardo Costa (SIC) e José Manuel Fernandes (Público). Entretanto, em Espanha as negociações entre a Prisa (dona da TVI) e a Ongoing parecem correr pelo melhor. Por cá, várias fontes garantem que responsáveis da SIC "já terão sondado alguns elementos da TVI para possíveis contratações". Curiosamente, terá sido o administrador da Ongoing e ex-director geral da TVI, José Eduardo Moniz, que terá pedido calma aos convidados.
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