sábado, 5 de setembro de 2009

Pivôs da RTP e SIC contra fim do "Jornal Nacional 6ª"

O cancelamento do "Jornal Nacional 6ª", da TVI, e a consequente demissão da sua equipa editorial fizeram eclodir um certo mal-estar entre jornalistas, nomeadamente entre os outros pivôs dos jornais televisivos. Um deles foi Mário Crespo, do "Jornal das 9", na SIC Notícias, que afirmou que "a gravidade desta situação não são as expressões faciais de Manuela Moura Guedes mas o facto de um produto ter sido suprimido por uma administração, sem qualquer diálogo. Isso é censura." Tanto José Alberto Carvalho como José Rodrigues dos Santos, também partilharam idêntica posição. "Como pode uma administração intervir na área editorial?", questiona Rodrigues dos Santos. O repúdio manifestado por José Alberto Carvalho relativamente ao afastamento de um jornalista nestas circunstâncias, não o impede de dizer que "não se revê nem no estilo nem na substância do trabalho de Moura Guedes", que considera que "é alguém que fez tudo o que um jornalista não deve fazer, desde política à venda de detergentes." Opinião oposta manifestou Mário Crespo que, durante vários anos apresentou em conjunto com a pivô da TVI o telejornal da RTP2: "É uma excelente jornalista. Tem opiniões muito vivas e intensas mas toda a classe jornalística, se existe, tem muito a aprender com ela e a coragem que põe no que faz." E se para José Alberto Carvalho o problema de fundo é que "a TVI se transformou numa empresa familiar", para Mário Crespo "foi o primeiro ministro que abriu caminho a esta situação, que internacionalizou a questão e deixou a uma empresa espanhola a iniciativa de se mobilizar para intervir num media de outro país, ainda por cima, num período eleitoral." Quanto às criticas que Moura Guedes disfere a outros pivôs, como José Alberto Carvalho, este defende-se afirmando que "Manuela tem uma obsessão comigo que não consegue explicar". Judite de Sousa não quis emitir qualquer declaração.

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