sábado, 31 de outubro de 2009

Assasínios e terror na série "37" da TVI

Homicídios em catadupa com uma assinatura comum. Desvendar a identidade deste serial killer é o fio condutor da mini série lusa, em que todos são potenciais suspeitos. A TVI não avança com a data de estreia. Um pólo universitário, numa Faculdade de Medicina, dedicado a crianças autistas. Peritas especializadas nesta patalogia que vão sucumbindo. Umas atrás das outras. Assassinadas, pois. Estrangulamento é a causa do óbito. Mas há um modus operandi peculiar extensível a todas. São deixadas nuas, apenas cobertas por capa de traje académico. Grosso modo, este é o embrulho de "37", revestido de muito suspense, até porque ali verifica-se uma inversão da máxima: "Todos são inocentes até que se prove o contrário". Rui Vilhena, autor de "Olhos nos Olhos", cujas novelas primam pelos elementos misteriosos, volta a imprimir nesta produção de seis episódios, este traço distintivo. Com inspiração assumida em referências estrangeiras, foi beber ao filme "Shinning" algumas ideias para adornar a sua história, integrada num conjunto de três, encomendadas por Queluz à produtora Plural. Afinal, porquê "37"? "Perceber-se-á à medida que a intriga vai avançando. É um segredo que faz parte da sua estrutura intrínseca". A estação de Queluz aposta assim num género diferente ao instituído de ficção na sua grelha. Ao peso pesado novela, surge agora, ainda que com peso pluma experimental, a opção minissérie. O elenco de "37" não é menos sonante do que qualquer outro de uma maratona de capítulos, apenas mais pequeno. Integram-no rostos como o de Sofia Alves e João Reis, a dupla de protagonistas, além de Cucha Carvalheiro, ou Pedro Granger. Ontem, nas gravações que se vão prolongar por três semanas, os actores adequaram-se ao espírito do thriller policial, pouco desvendando. Sofia Alves dá vida à sofisticada médica Helena. Vinda dos Estados Unidos para o departamento de autismo, vê-se imbricada nos meandros dos crime. Nessa senda envolve-se com Raul, vestido por João Reis - um inspector da Polícia Judiciária que, curiosamente, tem um filho autista. "O futuro da ficção está nas séries" considera Sofia. "O formato novela está esgotado e o público vai fartar-se. Esta é a alternativa ideal, e a mais aliciante para os actores".

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