sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Futuro de Marcelo Rebelo de Sousa na RTP1 por definir

A intenção de António Vitorino abandonar o espaço semanal na RTP ditou o fim do programa de Marcelo Rebelo de Sousa. "Este modelo de comentário foi pensado para estas duas personalidades, se uma delas sai, não faz sentido mantê-lo", diz José Alberto Carvalho. Se com esta medida a presença regular de Marcelo Rebelo de Sousa na antena da estação pública será alterada, o director de Informação diz que é cedo para saber. Neste momento, estuda-se o novo modelo a adoptar, cujos contornos poderão passar pela participação de vários intervenientes, ao estilo frente-a-frente. "Gostava de poder contar com o Marcelo Rebelo de Sousa", diz o responsável, "mas isso não depende só de mim". O contrato de Marcelo Rebelo de Sousa termina em Fevereiro e o de António Vitorino no mês seguinte. E o que está combinado é que as emissões terminem um dia a seguir ao outro: a 28 e 1 de Março. Refira-se que, no último domingo, Marcelo Rebelo de Sousa deu conta de "estar disponível para a RTP". "Infelizmente não foi possível conciliar todas as vontades e contingências", comenta José Alberto Carvalho, a respeito do desfecho dos formatos. O director aproveita para lembrar o percurso coerente dos programas desenvolvido durante cinco anos, coisa rara em televisão: "Foi a estação que deu mais tempo a este género de comentário". Assinala que a vontade do Vitorino tinha sido comunicada há muito tempo. Para as leituras políticas que a medida pode suscitar, limita-se a dizer que não é do seu feitio alimentar especulações, muito menos teorias da conspiração, acrescentando que nunca recebeu pressões relacionadas com o programa do Marcelo. Por outro lado, Júlio Magalhães foi apanhado de surpresa com a hipótese de Marcelo deixar o operador público. "Nunca nos passou pela cabeça que ele fosse sair da RTP e nunca falámos da possibilidade de regresso à TVI com ele", afirma o director de Informação, que o conhece bem, trabalhou com ele no "Jornal Nacional" de domingo. Reconhece, porém, que se "trata de uma contratação apelativa para qualquer estação".
Fonte: JN

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