Filipe Pinto encheu de orgulho vizinhos e professor. Pai garante que ele não só ganhou, como cresceu. O pai do jovem considera que a experiência lhe deu a certeza do futuro e um dos professores confirma que ele quer manter "a normalidade". Ontem, em S. Mamede de Infesta, Matosinhos, a rua onde vive a família de Filipe Pinto, vencedor da terceira edição de "Ídolos", na SIC, parecia adormecida pela folia da véspera. A mercearia Pomar de Ormuz, da mãe do jovem, também não abriu, mas a Gorete Pinto tinha "avisado com antecedência", garantiram os vizinhos Fernando e Carmem Ribeiro. O casal conhece Filipe "desde pequenino". "Quando ouvimos o nome dele, batemos palmas como se estivéssemos lá. Agora, só o queremos abraçar, pois estamos muito orgulhosos. Temo-lo como a um neto", partilharam com a emoção ainda estampada nos rostos. O mesmo orgulho estende-se ao Grupo Desportivo Realidade onde Filipe praticou karaté. Para um dos directores, Artur Silva, "a vitória dele foi uma vitória nossa". Os pais de Filipe tiraram o dia para descansar, após uma longa viagem a Lisboa e muitas emoções. O retiro apenas foi interrompido pelo passeio do cão pastor alemão. Ao final da tarde, José Pinto não descurou a obrigação. Cansado, pediu para não ser fotografado, mas não se esquivou à conversa no rescaldo da conquista. "Ainda estamos a digerir tudo", começou por afirmar. Interrogado sobre o que disse ao filho, no reencontro após a consagração, a resposta não demorou: "Dei-lhe um grande abraço e disse-lhe que tinha sido fantástico". O funcionário público considerou que "o Filipe tem crescido. Todo o processo ajudou-o a soltar-se e, hoje, está com uma postura e uma desenvoltura que não tinha há uns meses": "Ele agora não está tão indeciso, porque clarificou as ideias. Deu a conhecer o talento que tem e as pessoas merecem ouvi-lo". Na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde frequenta o último ano de Engenharia Florestal, a euforia também dominou, mas com contenção, pois "o Filipe quer manter a normalidade". As palavras foram do director do curso, Domingos Lopes. E explicou: "A vontade era de lhe fazer uma festa, mas seria um contra-senso, pois ele já disse que quer continuar a ser tratado como sempre foi".Fonte: JN
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