terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Fãs de Filipe saíram de casa ao frio e à chuva

Reza o aforismo que "cabe sempre mais um à mesa". No caso da derradeira gala de "Ídolos", onde costumavam caber cerca de 400, coexistiram 1560 pessoas na assistência. A que se somoram fãs que foram de propósito felicitar Filipe Pinto e não arredaram pé. "A emoção que senti neste palco foi como um tsunami. Essa onda foi tão intensa que preencheu toda a minha alma". Estas foram as primeiras palavras proferidas por Filipe, na conversa com a Imprensa depois de se ter sagrado vencedor. Releve-se que o director de Programas da SIC, Nuno Santos, deu a conhecer, na mesma ocasião, que "desde o início, Filipe foi sempre o concorrente mais votado". "Acima de tudo é gratidão o que consigo transmitir, e felicidade que consigo expressar", prosseguiu, ainda meio em estado de choque, o cantor do Norte. Por sua vez, Diana Piedade, comentou: "Não poderia ter outro candidato à vitória que puxasse tanto por mim ao longo deste tempo todo, o que me obrigou a dar sempre o máximo. Está muito bem entregue este prémio", concluiu. Ainda antes do anúncio de quem ganharia o programa, Pedro Boucherie Mendes, um dos elementos do júri, adiantara que, apesar de não ter favoritos, até porque "seria como ter que escolher entre dois filhos", lhe "cheirava" que seria Filipe. "Ele acaba as músicas a sorrir. É uma questão de se decifrar a sua sensibilidade". Já à saída do estúdio, os também membros do júri, Manuel Moura Santos e Laurent Filipe, viram-se como que engolidos pelos fãs de Filipe, chegando a posar para várias fotos com os mesmos. Quase parecia o epílogo de um daqueles concertos memoráveis, em que nada faz demover os verdadeiros devotos de privar, nem que seja através de um fugaz cruzamento de olhares, com as suas estrelas de eleição. Assim sucedeu na madrugada de domingo, perto das 2h30 da manhã, à porta dos estúdios que acolheram o duelo final entre Diana e Filipe. Entre os que resistiram aos graus quase negativos e molhados que se faziam sentir, sobretudo adolescentes com cânticos e cartazes a preceito, em jeito de tributo ao terceiro ídolo da dinastia - saliente-se que a massa adepta da concorrente algarvia era pouco audível - contavam-se alguns carros a chegar, com pais ensonados, a transportar filhos "apijamados", por forma a que estes pudessem contactar com o jovem nortenho. À semelhança do que se passou lá fora, sendo o único grande contraste o da temperatura - ao lado do palco mais parecia que se estava no Verão - o frenesim e aparato eram os de um célebre espectáculo. O suor da equipa de produção fundia-se na pressa das câmaras e na dança dos cabos, expressamente interditos de pisar. Por volta das 23 horas, ecoavam, já, reptos por parte do público, a maioria em pé para que se anunciasse o vencedor, enquanto crianças mais novas se deixaram rebater pelo cansaço e dormiam profundamente. E caras houve da família SIC - representada em peso na gala - que também não tiveram direito a lugar sentado. Eduardo Madeira e Francisco Menezes integraram esse leque.
Fonte: JN

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