"Temos o know how, os conhecimentos humanos e técnicos para estabelecer interessantes acordos de co produção com os mais diversos países", explica um dos representantes máximos da TV Globo internacional durante a visita à sucursal em São Paulo deste canal em sinal fechado que conta em Portugal com cerca de 50 mil assinantes. No nosso território, o parceiro ideal para tal projecto de co-produção, "um sonho" nas palavras do porta-voz da estação, será a SIC, com o qual a Globo mantém uma "relação privilegiada há 15 anos" que pretende naturalmente prolongar no tempo, ou não detivessem 15% das acções da SIC. Em Carnaxide, tal ajuda em forma de partilha de recursos técnicos e humanos servirá como antídoto à hegemonia detida pela TVI no capítulo da produção nacional, sinónimo de generosas audiências. A co-produção de novelas e minisséries não implicará que a SIC deixe de comprar e exibir os títulos de sucesso da Globo, como acontece actualmente em horário nobre com a novela "Viver a Vida", emitida em simultâneo nos dois países. De momento, ainda não há a noção das histórias a co-produzir: se clássicos da literatura portuguesa a fazer lembrar experiências pontuais do passado como "Os Maias" e "O Primo Basílio", se êxitos icónicos da Globo como "O Clone", caso em marcha para o mercado sul-americano. Tal como na escolha dos actores portugueses para o elenco das novelas da Globo - um fenómeno em crescimento - também aqui a SIC terá uma palavra a dizer sobre as especificidades do mercado nacional, nomeadamente em termos de preferências do público. Ainda em estado embrionário, este projecto de co-produção carece por enquanto de dados mais concretos quanto às verbas investidas por cada parte, sendo certo que as filmagens e os elencos deverão ser locais, enquanto os recursos técnicos e criativos poderão recair sobretudo em quem, como a Globo, tem 45 anos de experiência.Fonte: Destak
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