Foi como o tanoeiro, um pequeno papel na peça Leonor Telles, que, a 20 de Abril de 1960, se estreou no teatro. Este ano, Nicolau Breyner comemora os 50 anos de carreira e faz questão de assinalar a data no palco: de 20 a 25 de Abril vai apresentar no Auditório dos Oceanos, no Casino de Lisboa, um espectáculo onde, de acordo com a produtora UAU, se propõe fazer "uma reflexão sobre os muitos papéis que já interpretou e sobre a relação que hoje tem com o mundo". Em "Nicolau" o actor, de quase 70 anos, vai estar no palco acompanhado por três músicos para cantar, contar as mais divertidas histórias dos bastidores da sua carreira e ainda partilhar com o público algumas das "suas inquietações actuais" - num tom intimista, mas com muito sentido de humor. No palco, serão projectadas imagens de arquivo representativas de vários momentos da sua carreira. Alentejano, de Serpa, Nicolau Breyner decidiu ser actor quando tinha 17 anos, tendo-se mudado para Lisboa para estudar no Conservatório. Após a estreia, a convite de Ribeirinho, no Teatro da Trindade, tornou-se uma das primeiras figuras do teatro de revista e transformou-se num dos actores mais populares do País, sobretudo através do teatro e da televisão, com programas como "Nicolau no País das Maravilhas" ( em 1975, onde surgiu o sketche "Senhor Feliz e Senhor Contente", ao lado de Herman José), "Eu Show Nico" (1980) ou "Gente Fina é Outra Coisa" (1983). Actor e co-autor da primeira novela portuguesa, "Vila Faia" (1982), trabalhou também como realizador de várias séries e produtor de TV, tendo sido o fundador da NBP Produções e conta com mais de quarenta participações no cinema. Foram elogiadas as suas participações em, por exemplo, "Inferno", de Joaquim Leitão (1999), ou "Os Imortais", de António Pedro Vasconcelos (2003), com quem voltaria a trabalhar - ainda recentemente o vimos em "A Bela e o Paparazzo".Fonte: DN
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