Na ressaca do bom resultado, o passe para a final da Eurovisão do próximo sábado, Filipa Azevedo, representante de Portugal, com o tema "Há Dias Assim", contou que não estava nervosa quando pisou o palco em Oslo, onde decorreu a semi-final. "Cinco minutos antes estava um pouco nervosa, mas assim que cheguei ao palco, passou completamente o nervosismo". Mas como pode justificar isso, sabendo que estava a cantar para uma plateia gigantesca, afinal, estaria em directo para tantos países europeus? "Não tenho explicação para isso", disse, pausadamente. Completou depois a ideia: "Estava mais calma do que quando cantei na final portuguesa". Naturalmente contente, ontem, ao final da tarde, quando caía em si, era arrebatada por um só pensamento: "Consegui alcançar o meu objectivo". Agora, "resta-me trazer a melhor classificação possível aos portugueses". Nos segundos que antecederam o conhecimento da vitória, a a revelação do nome de Portugal entre os 10 países eleitos dos 17 que passaram por esta fase, desfilaram várias ideias pela mente de Filipa Azevedo: "Se eu passar, como será?; Como reagirei, se, pelo contrário, não for escolhida?; Que dirão os amigos e a família?". Depois, ouvido o nome de Portugal, foi a alegria. "Parecíamos umas criancinhas a saltar de um lado para o outro". Augusto Madureira, autor e compositor do tema, e também conhecido jornalista da SIC, que a acompanhou, ficou eufórico, lembrou Filipa Azevedo. "Ele tem sido um grande companheiro". Não é o seu anjo da guarda, pois, relega no seu pai tal papel, mas, certamente, o melhor parceiro que podia ter nesta aventura. Enquanto esperava pela sua vez no espectáculo, Madureira mimou-a e motivou-a. "Tu és a melhor, vais conseguir, não te preocupes", foi-lhe dizendo. Após a apuramento, seguiu-se uma conferência de imprensa; o sorteio, com o qual se definiu que Filipa será a 23ª presença no concurso de sábado, e, finalmente, a descompressão e o lazer. "Fomos para o Euroclub. Foram os seleccionados e dos perdedores só lá estiveram os da Finlândia". Desta experiência em Oslo, Noruega, com uma semana e três dias já passados, a jovem de 18 anos destaca sobretudo o trabalho de preliminar. "Tenho adorado os ensaios. Têm sido muito importantes para ganharmos confiança". Reconhece ainda em toda a equipa de produção "organização e profissionalismo". Filipa Azevedo, natural do Porto, com residência em Gondomar, onde tem vivido, esclarece, ao que deve acrescentar-se uns tempos em Londres, para estudar, também tem as suas apostas para o Festival. As suas canções preferidas pertencem à Dinamarca, Bélgica e Geórgia, e ainda Espanha.Fonte: JN
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