quarta-feira, 5 de maio de 2010

Nicolau Breyner, autor da nova série da RTP1

É a primeira vez que a produtora de "Contra Informação" embarca na aventura de assegurar uma série de 13 episódios que deverá arrancar na antena da RTP1 no terceiro trimestre deste ano. A ideia de "Sagrada Família" pertence a Nicolau Breyner, e o elenco é de luxo. Simone de Oliveira, Vítor Norte, Guida Maria, Ana Brito e Cunha, Joaquim Nicolau, Fátima Belo e Filipe Vargas. Estes são os nomes que compõem o elenco da animada trama que se avizinha na grelha da estação do Estado. A tipicidade dos costumes lusos, exacerbada ao expoente do humor non-sense, através de personagens caricaturadas é o fio condutor de "Sagrada Família". Imagine-se, pois, uma endinheirada família portuguesa, concerteza, arreigada a tradições religiosas. O patriarca morre, deixando considerável fortuna. Fica a matriarca que, não obstante a idade, prima por um estilo de vida radical, além dos filhos, cada qual com o seu grau de loucura bem impresso, e que nem parasitas, se digladiam por todo o tostão possível, uma vez que hipotecaram o que lhes coube na herança. Ora grosso modo, por estas linhas se cose a comédia gizada por Nicolau Breyner, escrita por João Quadros e Roberto Pereira, e com a produção a cargo da Mandala, debutante nas lides da ficção. O Outono foi a época apontada para a estreia pelo director de Programas da RTP1, José Fragoso, que ontem se deslocou aos estúdios nos quais decorrem as gravações para lançar mais este conteúdo. Maria da Anunciação é a convencional beata, ou pelo menos assim o quer parecer. No entanto, na sala de estar pautada por uma decoração antiga, quase em jeito de mausoléu, e onde todo clã está reunido fingindo que lê bafientos livros, cai-lhe a máscara. A relação que mantém às escondidas é descoberta pelo seu austero irmão. "Valha-me Deus, pai", solta. "Valha-te Deus, filha", respondem os restantes em uníssono. Após a cena atrás descrita estar concluída, os actores falaram com os jornalistas. A mais incisiva foi Guida Maria, quem se reportou à escravidão a que os artistas estão sujeitos nas novelas. "Aqui ouvem-nos e respeitam-nos", fez notar. Os colegas subscreveram a sua posição, e foram unânimes em fazer a apologia do produto série.
Fonte: JN

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