sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mais reacções à morte de António Feio

Virgílio Castelo: "O António foi um revolucionário, do meu ponto de vista, porque conseguiu provar isso na prática. Conseguiu provar que era possível fazer teatro transversal para muita gente ver e, sobretudo, com muita qualidade".
Jorge Mourato: "Acho que era um homem, talvez, que se mudou, mudou para saborear os pequenos momentos, saborear mais as pessoas que nos são próximas, e acho que acima de tudo é essa a lição que o António queria...esse texto que o António queria que nós decorássemos, era aproveitarmo-nos mais uns aos outros, que esta vida é tão curta."
Rui Mendes: "Lembro-me muito bem da estreia dele, quando tinha 12 anos, acho eu. Era um miúdo com muita graça. Há uma coisa que fica e que jamais se esquecerá que é o trabalho que ele fez com "O Que Diz Molero". Encenou e representou com o José Pedro Gomes e foi um trabalho fantástico."
António Reis: "É uma referência nacional no teatro. Aos 55 anos, tinha ainda muito para dar. Perdemos um homem muito novo, com muita qualidade e com muito para dar."
Álvaro Covões: "António Feio foi uma pessoa com uma personalidade muito vincada e que acreditava muito na sua profissão. Isto dói, hoje é um dia muito triste".
Inês Santos: "Foi com enorme tristeza que recebi a notícia de que o grande actor e grande homem António Feio nos deixou. Gostava muito dele e acreditava na sua vitória".
Ana Rocha: "Guardo memórias de um dos melhores professores que tive na vida: António Feio. Fico profundamente triste. É uma perda gigante, tanto artísticamente tanto enquanto pessoa. A todos os meus colegas do grupo de Benfica um abraço sentido. Obrigada António pela carreira que me proporcionaste e por tudo o que me ensinaste".
Nuno Markl: "Custa-me muito a aceitar que o António Feio se foi embora. Dita a razão que todos devíamos estar preparados para isto, mas a verdade é que raras vezes se viu alguém enfrentar um cancro com tamanha coragem e, porque não dizê-lo, sentido de humor. E isso não merecia um final feliz. Se a vida fosse como em alguns filmes, um homem que se fez a um terrível drama com a incrível alegria que o Feio foi mantendo - dentro da medida do possível, mas, por vezes, para lá disso - em tudo o que ia escrevendo no seu Facebook, no trabalho que continuava a fazer, na pequena janela de chat que se abria, de vez em quando, aqui no meu computador e onde me dizia que lá ia indo, ele teria vencido a doença. Infelizmente, a vida é, boa parte das vezes, uma valente merda.Não exagero quando digo que era um sonho trabalhar com ele: um bom homem, humilde, talentoso, adepto do trabalho em equipa, do diálogo para que tudo corresse na perfeição".
Maria Rueff: "Estou profundamente sentida com a morte do António. Vou ficar sempre com a memória de um extraordinário encenador, de um ator de comédia excepcional, que lutou sempre até ao fim contra a doença que o levou. Vou ter muitas saudades dele, mas sei que ele estará a sorrir onde quer que esteja"
Manolo Bello: "Perdeu-se um grande homem e um grande actor. Era muito importante para o País. Amigo de toda a gente, estava sempre disponível. Lembro-me do António, há mais de 20 anos, no programa do Joaquim Letria, com o Nuno Artur Silva. Andava sempre preocupado com os textos, por causa da censura... Encarou este último momento da sua vida com muita dignidade".
Fonte: Caras

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