terça-feira, 14 de setembro de 2010

Rentrée do teatro já em marcha

"Um Eléctrico Chamado Desejo", de Tenessee Williams, que assinala o regresso de Alexandra Lencastre aos palcos, e "A Gaivota", de Tchékhov, são duas das peças que marcam as temporadas teatrais. Uma está já em cena, em Lisboa, e a outra estreia amanhã, no Porto. O clássico do dramaturgo norte americano Tennessee Williams "Um Eléctrico Chamado Desejo" marca o regresso da actriz Alexandra Lencastre aos palcos, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, após 12 anos de ausência, na pele da lendária Blanche Dubois. A encenação é de Diogo Infante e estará em cena até 31 de Outubro. Entretanto, amanhã, às 21h30, no Teatro Nacional de São João, no Porto, estreia a peça "A Gaivota", de Anton Tchékov, com encenação de Nuno Cardoso. Cristina Carvalhal, João Castro, João Pedro Vaz, Jorge Mota, José Eduardo Silva, Lígia Roque, Luís Araújo, Maria do Céu Ribeiro, Micaela Cardoso e Paulo Freixinho integram o elenco. Pode ser vista até ao dia 3 de Outubro. Além de Tennessee Williams e de Tchékhov, também Bertolt Brecht, Patrícia Portela, Jacinto Lucas Pires e José Maria Vieira Mendes são alguns dos dramaturgos cujas peças abrirão a nova temporada. Apesar de ainda não ter data marcada, o Teatro Aberto estreará em breve "O Senhor Puntila e o Seu Criado Matti", de Bertolt Brecht. Trata-se de uma comédia escrita em 1940, durante o seu exílio na Finlândia, agora apresentada numa encenação de João Lourenço, em que o senhor Puntila, interpretado por Miguel Guilherme, e o criado Matti, por Sérgio Praia, encabeçam um elenco de 15 actores e três músicos. Já em cena, "Mulher Mim", um espectáculo sobre a mulher, encenado por Leonor Keil e Rafaela Santos, que é também a intérprete. A peça foi construída a partir de textos e imagens de Maria Lamas, Dulce Maria Cardoso, Pina Bausch, Sophia de Mello Breyne e Virginia Woolf, entre outros. Também com estreia marcada para depois de amanhã, a "Sagrada Família", de Jacinto Lucas Pires, subirá ao palco do pequeno auditório da Culturgest, em Lisboa. É a história de um casal que inventa uma religião para resolver os seus problemas e os do Mundo, que provocam pesadelos ao filho. Conta com interpretações de Anabela Almeida, Duarte Guimarães, Ivo Alexandre, Joana Bárcia e Miguel Fragata, sendo encenada por Catarina Requeijo. No Teatro São Luiz, a temporada abrirá igualmente depois de amanhã, com "Hedda", de José Maria Vieira Mendes, a partir de "Hedda Gabler", de Henrik Ibsen. Produzida pelos Artistas Unidos, a peça tem encenação de Jorge Silva Melo e interpretação de Maria João Luís, Lia Gama, António Pedro Cerdeira, Marco Delgado, Cândido Ferreira e Rita Brütt. Em cena até 17 de Outubro, o espectáculo representa para aquele teatro um regresso, já que ali se estreou em Portugal a peça de Ibsen, pela mão de Eleonora Duse, em 1898, quando ainda se chamava Teatro D. Amélia. Entretanto, a comédia "Sexo? Sim, mas com orgasmo", está já em cena, no Casino Estoril. Trata--se de um texto do Nobel da Literatura Dario Fo, da sua mulher, Franca Rame, e do filho de ambos, Jacopo Fo, interpretado pela actriz Guida Maria.
Fonte: JN

Sem comentários: