Júlia Pinheiro é, actualmente, a profissional de televisão que mais se impõe. Nas "Tardes da Júlia", de segunda a sexta feira, ou nos serões de domingo, com "Casa dos Segredos", a apresentadora da TVI cativa o público e lidera as audiências. Se a maturidade é a mais valia da estação de Queluz, que reforçou essa aposta com a contratação de Fátima Lopes, a SIC e a RTP1 investem na juventude e na irreverência de Cláudia Vieira e Sílvia Alberto para a condução das grandes apostas da grelha. Depois do sucesso que foi a apresentação da terceira edição de "Ídolos" em 2009, Cláudia Vieira, ao lado de João Manzarra, volta a ser o rosto da nova edição deste concurso da SIC. Nos serões de domingo, Júlia Pinheiro, de 48 anos, e Cláudia Vieira, de 31 anos, rivalizam no mesmo horário. Os resultados de "Ídolos" desceram cerca de nove pontos de share desde que a TVI estreou "Casa dos Segredos". A 31 de Outubro, quando arrancarem as galas do concurso de talentos da SIC, veremos que trunfos a jovem anfitriã irá ter para combater o sucesso de Júlia Pinheiro. Na condução do reality show, com 16 concorrentes e 14 segredos, a veterana apresentadora conduz um formato que rapidamente se tornou atracção televisiva. O programa tem destronado a concorrência e ajudado a TVI a fazer em Outubro um dos melhores desempenhos do ano. Com a frontalidade com que já nos habituou, Júlia Pinheiro explica por que não teme o confronto com a frescura e a irreverência das opositoras: "Não creio que alguma delas (Cláudia Vieira e Sílvia Alberto) seja mais azougada do que eu... (risos). Isso acho um bocadinho difícil. Mas isto não tem só a ver com a experiência profissional, tem a ver com questões de personalidade", diz a apresentadora. Júlia Pinheiro adianta mesmo as razões que podem explicar o seu êxito. "Não enquadro nenhum tipo de estereótipo padrão. Provavelmente, a Cláudia e a Sílvia estão numa etapa da vida em que ainda andam um bocadinho à procura de um estilo mais marcado de apresentação e de uma zona de segurança. Já passei todas as zonas de segurança... Estou feliz, contente e solta... A grande vantagem da maturidade é que estou ali para me divertir. Apenas e só", diz Júlia Pinheiro. Confessando não estar a acompanhar esta edição de "Ídolos" e o mais recente desempenho de Cláudia Vieira, a apresentadora de "Casa dos Segredos" comenta: "Acho fantástico vê-la crescer e criar o seu próprio espaço". Já sobre Sílvia Alberto, da RTP1, a apresentadora e directora de Formatação de Conteúdos da TVI afirma: "A Sílvia já não é uma menina, mas é eternamente jovem e tem a experiência de uma série de anos. Saber que tenho por concorrentes duas mulheres lindíssimas e que eu sou um estropício ao lado delas, e mesmo assim os senhores telespectadores têm a gentileza de me verem e, normalmente, com mais audiência do que elas têm, fico muito contente". Para evitar o confronto directo, aos domingos, com a SIC e a TVI, a estação pública apostou por colocar Sílvia Alberto nas noites de sábado. A jovem apresentadora parte para a quarta temporada de "Operação Triunfo", que estreou dia 16, às 22h00, com um share médio de 20,5%, com as melhores expectativas para este programa de entretenimento, com o qual diz estar identificada. "O grupo de finalistas e o júri reúnem as qualidades para proporcionar um grande espectáculo nas galas", explica Sílvia Alberto, de 29 anos. A apresentadora, que não se quis pronunciar sobre o crescimento da carreira de Cláudia Vieira, na SIC, ou a experiência e maturidade de Júlia Pinheiro, preferiu falar sobre os jurados de "Operação Triunfo": "Estou muito curiosa por ver a reacção do público ao nosso júri de castings. Penso que a cantora Paula Oliveira, o maestro Rui Massena e o cantor lírico Rui Baeta estabeleceram uma relação de cumplicidade com os candidatos", sublinha. Outra grande aposta da rentrée da TVI foi "Agora é Que Conta", apresentado por Fátima Lopes. O formato estreou a 21 de Setembro, com um share de 40,4%. A apresentadora de 41 anos, que trocou a SIC, onde esteve 16 anos, pela TVI, faz um balanço "muito positivo" do seu novo programa. Um mês depois da estreia, Fátima Lopes diz que "o ritmo é frenético e o programa muito exigente fisicamente". "É preciso muita pedalada para o fazer, porque se muda rapidamente de um jogo para outro. É hora e meia sem teleponto e de muito improviso. As audiências são muito boas e cumprem o objectivo da TVI". Confrontada com a descida dos resultados do seu programa, que, no dia 15, registou um share de 25,5%, a apresentadora justifica: "Nas primeiras semanas andámos à procura de um registo próprio, mas agora que a máquina está oleada vamos introduzir novidades e fazer especiais. E o público vai perceber isso", explica. Na grelha da SIC, mais cedo do que Fátima Lopes, na TVI, Conceição Lino surge no ar com "Boa Tarde" (próximo das 15h30), que estreou a 13 de Setembro com um share de 24%. O objectivo era "reforçar a aposta na informação e no entretenimento" da estação, disse Luís Marques, administrador da SIC. Desde então, o programa conduzido pela jornalista de 45 anos e ex-apresentadora de "Nós por Cá" não deixou de perder telespectadores. No dia 15 deste mês, o "Boa Tarde" registou 17,1% de share.Fonte: CM
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