domingo, 28 de novembro de 2010

"Meu Amor" custou perto de 5 milhões de euros

A novela galardoada na segunda feira com um Emmy Internacional, em Nova Iorque, não é nem a mais longa nem a mais cara obra de ficção que a TVI e a produtora Plural fizeram em dez anos. Porém, para gravar 262 episódios foram investidos "entre quatro e cinco milhões de euros", revela o coordenador de projecto, Hugo de Sousa. Um valor que contempla pagamentos a actores, autores, figurantes, equipa técnica, produção e bastantes efeitos especiais. "Na novela, tivemos um desastre de avião, quatro a cinco afogamentos, quatro a cinco atropelamentos e um incêndio", conta o mesmo responsável. "Acho que não houve nenhum funeral... houve um velório", recorda, enquanto desfia a história. Mas nem só de más notícias é feita a novela "Meu Amor". "Também houve nascimento de gémeas, um casamento e uma fuga ao altar", sublinha. Muitas emoções vividas, de acordo com dados fornecidos pela Plural, por 29 actores que integraram o elenco fixo e quatro convidados, entre 15 e 20 mil figurantes e cerca de 150 pessoas distribuídas entre a equipa técnica e de produção. E, por curiosidade, cada personagem teve, em média, 150 coordenados de roupa e mais de cem adereços. Ao longo de 11 meses , o autor António Barreira conta que foram escritas cerca de "dez mil cenas" e, contabilizando todos os episódios, foram impressas mais de 15,6 mil páginas de guiões originais, depois fotocopiadas para actores e elementos da equipa técnica. "Só o episódio final é que teve mais páginas, 98 ou 99, já não me lembro bem", atira o argumentista. Na noite do final, a 23 de Outubro, a história demorou-se hora e meia na antena da TVI e foi a emissão mais vista, com uma média de um milhão e 779 mil espectadores. O autor guarda a sua história premiada "numa pen de quatro gigas", e o perfume que usou para a escrever, o Cool Water, de Davidoff, na prateleira. Irrecuperáveis são os chinelos - diz ter um par por cada novela que escreve: "Eram de Verão e usava-os quando escrevia em casa, depois de horário de trabalho. Foram muitos meses..."
Fonte: DN

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