segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nova novela da TVI pretende surpreender

O cunho que Vilhena imprime às tramas denuncia logo a autoria, que se detecta, sobretudo, através de temas fracturantes. "Malmequer" não será excepção ao contemplar um hermafrodita no enredo. O papel será assegurado por uma actriz desconhecida. Há muito que se especula sobre a nova intriga que Rui Vilhena está a preparar para a TVI. Para lá do elenco de luxo, pouco se deslindou acerca dos contornos da história, cujas gravações arrancaram esta semana e com estreia prevista já em Setembro. O regresso de Fernanda Serrano ao pequeno ecrã é já uma marca desta novela. Outra, será a pioneira abordagem na ficção nacional de uma personagem que se debaterá com a dualidade de comportar órgãos sexuais de géneros distintos. Quem o adiantou foi o próprio autor. A ideia, a inspiração para a abordagem da temática foi buscá-la a uma emissão do programa de Oprah Winfrey. Apesar do elenco de "Malmequer" (nome provisório) integrar Maria João Bastos, Dalila Carmo, Maria João Luís, Marco Delgado, Pedro Granger, Ruy de Carvalho, Rita Salema, Manuela Couto, Dalila Carmo, Joaquim Horta, Paulo Rocha, São José Correia, ou Pedro Barroso, optou-se por entregar o papel da personagem hermafrodita a uma profissional desconhecida do meio televisivo. "Preferimos que se tratasse de alguém que nunca tivesse trabalhado em televisão. E é o caso. A pessoa só fez teatro até agora", disse Vilhena. Na casa dos vinte e poucos anos, o nome da actriz que vestirá Diana, permanece, por enquanto no segredo dos deuses. Tal como a espinha dorsal da narrativa, está guardada a sete chaves. "Ainda é muito cedo para falar", prosseguiu o argumentista. Cosmopolita será certamente, não fosse outro dos seus carimbos. Porém, "esta novela vai retomar o tom de folhetim", afastando-se, pois, de um registo mais próximo da linguagem das séries, de que foi exemplo a predecessora "Olhos nos Olhos", que Vilhena classificou como "mais sinistra". Ilustrando: "Malmequer" recuperará de certa forma a linhagem de "Ninguém Como Tu". Mais democrática e acessível, portanto. Ora, e à semelhança daquela novela que imortalizou a frase "Quem matou o António?", esta contará com uma vilã "diferente da Luísa Albuquerque (encarnada, à data, por Alexandra Lencastre), mas com a mesma intensidade", a quem Fernanda Serrano dará vida, revelou. Novidade é ainda o facto de Pedro Granger ter a seu cargo um papel antagónico aos que tem vindo a habituar os espectadores. A malha da intriga será rendilhada por 25 personagens, e outros tantos conflitos. "Sinto-me mais confortável com núcleos pequenos, até para não baralhar o público", elucidou Vilhena que, quer estender o tapete a um exercício de identificação por parte de quem assiste à trama. "Isto podia acontecer comigo", é a reacção que pretende desencadear.
Fonte: JN

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