sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Alexandra Lencastre vai brilhar no regresso ao teatro

Doze anos depois, a actriz Alexandra Lencastre regressa aos palcos para dar corpo a uma personagem imortalizada no cinema por Vivien Leigh: a frágil e desequilibrada Blanche DuBois, que acabará louca num asilo. Assim reza a história de "Um Eléctrico Chamado Desejo", peça que Tennessee Williams escreveu em 1947 e que Diogo Infante estreia, na próxima quinta feira, dia 9, às 21h30, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa. Ao lado de actores como Albano Jerónimo, Lúcia Moniz ou Pedro Laginha, Alexandra Lencastre admite que este é um dos grandes desafios da sua carreira. "Assusta-me não chegar lá, mesmo dando o máximo, mas há muitas maneiras de abordar a personagem. Nunca esqueço a lição dos gregos. Enquanto a Blanche sofre pelos seus desgostos, a Alexandra verte uma lágrima por causa de uma chatice que teve lá em casa..." Afastada dos palcos por opção própria, Lencastre também admite que só mesmo Diogo Infante para a fazer regressar, sobretudo a um papel deste calibre. "Não devia ter estado tanto tempo afastada. Custa mais e eu tive muitas saudades... Achava que não ia conseguir voltar e foi o Diogo que, com a sua perseverança, a sua capacidade de sedução, me convenceu", revela, acrescentando que os ensaios não podiam estar a correr melhor. "Os meus colegas têm-me apoiado imenso e, como encenador, o Diogo é surpreendente. Sabe exactamente com que pinça nos deve tocar naquele nervo. Em todos os ensaios temos a sensação de que avançámos. Descobre-se sempre qualquer coisa nova", diz. De uma coisa se pode ter a certeza: a peça não terá nada a ver com o filme de Elia Kazan. "As minhas memórias do filme prendem-se mais com o Brando do que com a Vivien Leigh, mas o Diogo pediu-nos para não o vermos e eu, como sou obediente, não o vi. Qualquer semelhança será pura coincidência."
Fonte: CM

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