A campanha da Associação Portuguesa de Osteoporose voltou às ruas, com a participação de Júlio Magalhães. O Estatuto do Jornalista não dita incompatibilidade às acções de interesse público. Porém, na imagem aparece uma marca de laticínios. O director de Informação da TVI, Júlio Magalhães, foi uma das figuras que participaram na campanha da Associação Portuguesa de Osteoporose (APO); lançada no Verão de 2009 mas que voltou agora às ruas. O jornalista surge num cartaz com a mãe e a filha onde se apela ao consumo de leite "em todas as idades". Só que na parte inferior da imagem vê-se a marca Mimosa junto do logotipo da APO e lê-se "Juntas há dez anos". De acordo com o Estatuto do Jornalista, apesar do exercício da profissão ser incompatível com mensagens publicitárias, a alínea a, do número 3, do artigo 3.º abre excepção "à promoção de actividades de interesse público ou de solidariedade social", desde que as acções não sejam remuneradas. Neste caso concreto, Fátima Borges, da APO, garante não ter havido qualquer contrapartida. Foi "de boa graça", sublinhou. Facto que o jornalista confirma: "Fiz sem quaisquer custos". Quanto à presença da marca na imagem, Júlio Magalhães explica que nem sabia que a Mimosa estava associada à marca. "O meu compromisso foi com a associação", sublinha. Questionado sobre a existência de uma incompatibilidade, Pedro Mourão, presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, remete esclarecimentos para a próxima semana, após reunião do secretariado deste organismo agendada para quinta-feira. Recorde-se que a campanha, que contou com a participação de figuras como Manuel Serrão, Manoel de Oliveira, Bibá Pitta e Ruy de Carvalho, pretende incentivar ao consumo de leite como medida de prevenção da Osteoporose.
Fonte: JN
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