Volvidos três anos, a "Operação Triunfo" voltou à antena da RTP1, desta vez aos sábados. O regresso dá-se justamente quando "Ídolos" está no ar na SIC, aos domingos, naquela que também é a sua quarta edição. E os concursos nunca estiveram tão parecidos. A pergunta impõe-se: "Onde é que já vimos isto?". Então: "Operação Triunfo" passou, no horário nobre do canal do Estado, a contemplar os "cromos" das cantorias, exibindo as fases de castings do programa, imagem de marca pertencente a "Ídolos". Se este último procura seleccionar uma estrela pop, o da concorrência, não sendo tão hermético a nível de perfil, acaba por seguir uma linha análoga. Haverá, tal como vem sendo prescrito, um repórter de serviço a dar conta do que de mais palpitante se vai passando na escola. Pedro Fernandes, um dos elementos do gangue do "5 Para a Meia Noite", da RTP2, terá, pela primeira vez, a cargo a dita tarefa, estando previstas pequenas emissões diárias para os relatos. A SIC também teve reservado na sua grelha um espaço semelhante. Quanto às galas em directo, ambos sempre as tiveram, e o espectáculo proporcionado ao público, com uma ou outra diferença, não dista assim tanto entre os canais. Esta edição da OT tem como directora da escola a professora Paula Oliveira e enquanto membros do júri os peritos Sandra Faria, Rui Baeta e Rui Massena. Por outro lado, remontando ao ano de 2003, estreava na estação pública a "Operação Triunfo", e uns meses mais tarde, "Ídolos", na SIC. Assistimos, pois, agora ao inverso. Enquanto que a quarta fornada de emissões do concurso de Carnaxide está já a ser exibida aos domingos - para não falar da carta reality show, lançada de novo pela TVI - a faixa consignada para a OT passa a ser a dos sábados. Naturalmente que os formatos pautam uma evolução face às edições precursoras, caso dos jurados ou dos apresentadores. Também não deixa de ser curioso que Sílvia Alberto, quem co-apresentou "Ídolos", no início, com Pedro Granger (repórter de "Casa dos Segredos" de Queluz), seja a responsável pela condução da "Operação Triunfo" que começou por estar sob o comando de Catarina Furtado. Ao jogo deste "baralha e volta a dar", somam-se ingredientes que às papilas gustativas sabem a falta de originalidade.
Fonte: JN
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